terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Carta aos formandos do Curso de Arquitetura e Urbanismo das Faculdades Integradas de Aracruz - 2015

Em 15/12/2015:
Parabéns especial a vocês, formandos CAU-FAACZ 2015. Parabéns em dobro: por conquistarem esta etapa de sua vida e, pelo dia do Arquiteto! 
Parabéns!



domingo, 13 de dezembro de 2015

O lado

Em 13/12/2015:

Lado?
Que lado?
Direito?
Esquerdo?
Para cima?
Para baixo?
Para frente?
Para trás?
E o lado nenhum?
Existe o lado da sensatez?
Para que lado eu vou?
E eu preciso ir para algum lado?
Porquê?
Para quê?
Para quem...

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O pequeno poder

Em 08/12/2015:

Para quem serve?
A quem serve?
Serve aos que colhem as migalhas
Que gostam do sabor das coisas incertas,
Escondidas e erradas.
As coisas incertas não tem cor certa,
São turvas, obscuras até...
Estranhas à coisa certa.
O poder entorpece...
E o pequeno poder entorpece tanto quanto.
O que muda?
É quem é atingindo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

As três escalas do lugar e a relação com o "eu"

Em 16/11/2015:

As três escalas do lugar estão para as três relações do eu com o outro:

- A do objeto ~ eu comigo mesmo!
- A do local ~ eu com o próximo!
- A do contexto ~ eu com todos nós!

Tratar do lugar é tratar também das relações criadas entre arquitetura e a cidade, e os habitantes de cada uma.

domingo, 8 de novembro de 2015

O livro do universo, em Sandman - Prelúdio, de Neil Gaiman

Em 08/11/2015:

"Imagine um livro.

Imagine um livro que
contém tudo que está
acontecendo, tudo que já
aconteceu, tudo o que acontecerá. Não há nada
que exista que não esteja escrito nesse livro.

O livro é pesado. Sua capa
é de um couro, feito de pele de
um animal que jamais existiu.

Os únicos olhos que o
leem são cegos. Veem
apenas trevas e o conteúdo
de suas páginas.

O volume é o universo, e
apenas o cego Destino vê o
universo assumir a forma de
histórias. Talvez seja o único
ser que leia todas as as histórias
que o universo tece.

O tomo está acorrentado
a ele. Se com o intento de
proteção para impedir que seu
proprietário escape ou para
indicar que ambos são uma
única entidade, nem mesmo ele
sabe, nem pode dizer.

O Destino carrega o universo.

É raro, mas não chega a ser
novidade que o Perpétuo leia a
respeito de si no livro. Afinal, ele
é, à sua maneira, um habitante do
universo. Agora, vira uma página e
lê a seu respeito".
(GAIMAN, Neil. Sandman: prelúdio. Barueri, SP: Panini Books, 2015, pag. 12)




terça-feira, 27 de outubro de 2015

O mofo!

Em 27/10/2015:

O mofo!

Bem disse Symone, irmã de Kleber:

"Tudo mofa!"

Mas,
Só não mofa
O mofo
Que já é mofado!

O café sobre a mesa
o tempo levou o calor.
A sala de ar condicionado
Do ar que não se renova
No tempo,
Trouxe o mofo.

Fez ele brotar no café.
Pontos verdes sobre fundo preto.
Ou será marrom, cor de café?

Mas o certo é que,
Da piada do mofo,
veio o poema despretensioso.

Mas o mofo permanece,
até o café ser jogado fora.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sol Quente

Em 14/10/2015:

"Sol quente...
Grama queimada.

A paisagem fica marrom
Árida e empoeirada.

O vento não refresca
Mas espalha!

Espalha o calor
Movimenta e faz mais calor.

Dilata as coisas e o tempo.
As coisas ficam lentas e o tempo comprido.

O dia passa devagar querendo a noite
Querendo frescor
A sombra da Lua

O mar está ali, logo ali...
Mas e o tempo para ir ao mar?
Dilatou com o Sol
À espera da noite".

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

sábado, 11 de julho de 2015

Filhos que não são gente


Em 06/07/2015:

Carola e Snif são de Regiane
Filhos que não são gente!
Mais que cãezinhos,
Mais que companhia,
Mais que animais, 
São espelhos de nossa alma.
Inocente na origem
Que se desregra no tempo.

Carola se foi...

Snif faz estripulias,
Brinca com a meia de Regiane
E se acha o dono de nós.

De nós não é,
Mas de nossa alma
Já é dono há muito tempo. 

Carola e Snif.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A morte da cidade?



Em 20/06/2015: 

Em recente artigo publicado em A Gazeta, na seção Opinião de 17 de Junho do corrente ano, falou-se da “Morte da cidade”. Não, não... A cidade não está morta, e sim, viva e pulsante, e cheia de contradições. Engana-se o colega arquiteto ao declarar a morte do urbanismo pela preservação ou criação de áreas verdes, em detrimento do crescimento urbano. Ambas, nos dias atuais, são essenciais à vida urbana, ou urbanidade que tanto defende o colega.
Até a Idade Média, as cidades europeias que posteriormente nos originaram culturalmente e urbanisticamente, tinham a natureza como elemento estranho à vida urbana, misteriosa, espaço extramuros do temor e do sagrado. A descoberta do Novo Mundo das Américas traz um novo olhar sobre a natureza: do Jardim do Éden bíblico, para onde o homem, por direito, deveria retornar. Este retorno foi, primeiramente, pela conquista, seguido do domínio e, posteriormente, do controle e exploração. Nos dias atuais, esta sequência da preponderância do homem sobre a natureza alcançou níveis alarmantes de degradação do meio ambiente, fato exaustivamente debatido nas últimas décadas.
O arquiteto italiano Renzo Piano, em seu livro Renzo Piano: sustainable architectures = arquitecturas sostenibles, de 1998,  defende que a cidade é, na verdade, uma segunda natureza, própria do homem, mas indissociável da primeira e originária. A cidade como segunda natureza só é possível se ela for uma interpretação da primeira, segundo o autor. Preservar o ambiente não atrapalha a urbanidade. A natureza completa a cidade e sua arquitetura; dá sentido a existência de ambas, já que a natureza foi sua origem, historicamente.
O que mata a cidade são planos diretores urbanos que não entendem as peculiaridades de cada região, de cada cidade e seus lugares. Que transformam a cidade em um mapa plano, objeto sem fisicalidade, passível de ter zoneamentos copiados de um plano a outro, de forma indiscriminada e irresponsável. A natureza, ou o meio ambiente natural e humano-construído está além dos planos diretores. É parte de nossa história urbana, de nossa origem como humanos e deve ser preservada para que possamos chamar nosso lar de cidade.   

Vista, em um dia nublado, da Grande Vitória, a partir do mirante do bairro Conquista (2005)



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Reencontro (poema para Regiane)

Em 17/06/2015:

Reencontrei você!
Onde você estava?
Mesmo longe, mas não distante,
Sabia de você.
Outros me falavam e eu ouvia.
E sabia!
Sabia que estavas lá, mesmo eu aqui.
Seu mundo fazia parte do meu
Fez no início e faz agora.
Distante não estavas.
Somente estavas lá e eu aqui.
A distância não é longe perto de ti.
Te reencontrei e me reencontrei, ao mesmo tempo.
Estava longe de meu centro, mas reencontrei!


sábado, 13 de junho de 2015

sábado, 6 de junho de 2015

Tardes de Outono

Em 06/06/2015:

"Sempre gostei do Outono.
Nasci em Abril,
Latitude 21 graus, 19 minutos, 10 segundos. Sul. Na madrugada.
Meus primevos meses, foram outonais!

Dias ensolarados,
Às vezes nublados,
Às vezes chuvosos,
Às vezes frios...Prenúncio do inverno...

Mas lembro e sempre lembro
Das tardes amenas,
Do Sol inclinado e céu iluminado,
Uma luz diferente
Opaca, às vezes...
Que atenuava o dia e o deixava misterioso.

Período de renites,
mas a genética não é perfeita.
Tem que ser atenuada,
Igual às tardes de Outono".


Eu!

domingo, 31 de maio de 2015

As três escalas do lugar, em arquitetura

1. A escala do objeto arquitetônico e suas relações intrínsecas formais, funcionais e estruturais e com a escala e proporções humanas;



2. A escala local ou do entorno na relação do objeto arquitetônico  e suas particularidades com os condicionantes locais e as normas edilícias urbanas;




3. A escala do urbano ou do contexto, onde a relação do objeto arquitetônico escapa de suas particularidades e se inter-relaciona com o meio que o circunda, seja ele físico (geográfico, natural, ambiental, construído, etc.) ou simbólico-significativo (a história local, sua arquitetura, suas relações sociais, econômicas e políticas, anseios e necessidades, símbolos e signos da cultura local, a paisagem, a memória, etc.). Escala da cidade.



Essas escalas são referenciais para o projeto arquitetônico. São graduações para se entender o lugar e o objeto arquitetônico a ser construído que, ao ser inserido nessas escalas graduais, deixa de ser um mero objeto e se torna parte de um todo, o qual chamaremos de cidade.

(OBS.: texto revisado em 21/01/2016)  

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Janelas d`alma

 Em 17/05/2015:

"Cada lugar traz um desenho
 Cada arquitetura descreve um desenho
 Cada arquiteto, interpreta, em desenho.

 O lugar é um desenho revelado
 Sensível e olhado
 De olhos que absorvem o mundo.

 Riscam o lugar sobre o mundo
 Criam outros mundos por mãos travessas
 Que lutam contra a passividade e a indolência.

 Toleram as diferenças que transformam em desenho.
 O desenho é ato em silêncio mas não é mudo.
 Conversa sobre o mundo, dialoga com o lugar.

 No lugar, desenha-se uma janela...
 O lugar, desenha-se por uma janela...
 Desenha-se a alma, para o lugar".


domingo, 3 de maio de 2015

Outro e outros

Em 03/05/2015:
"Nós não temos culpa de nada, dizemos.
A culpa, sempre são dos outros!
O outro é o diferente,
O estranho, o adverso,
O errado, o culpado.
Os outros não existem
Somente  como  princípio de nossos problemas.
Quero culpar o outro
Mas o outro não cria meu problema.
Assumir a culpa é difícil para alguns.
Dói na carne...
Para outros é desonra.
Mas corajoso é quem faz o mea culpa e não volta e comete o mesmo erro.
Nascemos sob o batizo da culpa que orienta nossa vida.
Culpados por algo que não entendemos em sua totalidade.
Égide dos pecados,
Mas que não nos livra de errar novamente e diferente.
Égide que me protege
Mas não protege o outro
Estranho e alheio aos pecados de outro outro...
Se o outro sou eu,
Porquê então, culpo outros por ser eu assim?
Vergonha não é assumir o erro,
Mas, desonrar-se sob o manto da mediocridade,
Da pequenez do caráter
E esconder o erro por culpar o outro.
O outro é sempre vítima?
Não e nem sempre.
Mas é mais fácil culpar o outro
Do que a si mesmo."   


sexta-feira, 1 de maio de 2015

As curvas de Oscar

Em 28/04/2015:

"Oscar tem nas curvas sua geometria.
A curva se sobrepõe à reta!
A reta é geográfica: no mundo esférico,
Nada é reto!
A reta é curva no fim do mundo...

Do mestre aprende-se que o entorno é cultural,
Escapa do olhar e está na imaginação e sensibilidade.

A imaginação não é uma linha reta, por mais que eu tema em ser...
É fluída, variável e até inconstante.
É misteriosa como um caminho tortuoso de curvas.
É uma curva!
Ou várias curvas...

É o Oscar que teve mais de 100 anos acompanhado de curvas.

Os olhos passeiam pelas linhas sinuosas,
Sensuais...
Eróticas...
Humanas...
Do homem.
De alguém que esteve aqui e deixou sua marca,
Seu símbolo conversando com a natureza..."

Detalhe das curvas da fachada do Ed. Niemeyer, em Belo Horizonte. Ano de 2012.


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Professor, aluno e o ensino: o real versus o incógnito

Em 15/04/2015:

No dia de ontem (14/04), ouvi e participei de uma rápida conversa entre duas alunas minhas, do primeiro período do Curso de Arquitetura e Urbanismo, já no horário da saída. De modo muito esclarecido, a aluna argumentava com a colega que "quem faz o professor é o aluno/turma", ou seja, a resposta do professor e o modo dele conseguir passar, ensinar e fazer apreender o conteúdo, em grande medida, depende da qualidade do interesse da turma e seus alunos.

Nesses quase cinco anos em que estou lecionando como professor do ensino superior, percebo como turmas diferentes reagem ao mesmo conteúdo de forma também diferente. É uma constatação que não é somente minha, logicamente!

Nas reuniões semestrais ou mesmos nos treinamentos oferecidos pelas instituições de ensino, muito é cobrado do professor quanto à qualidade de seu ensino, mas pouco ou quase nada, é discutido sobre a qualidade ou interesse dos jovens que adentram o ensino superior. Esta discussão, quando muito, fica restrita aos corredores, entre professores e termina tão rapidamente como começou, já que o entendimento e compreensão desse fato, foge do escopo do professor e de seu conteúdo programático.

Eu sei quem sou, da onde vim e para onde desejo chegar. Mas todos os anos, cada leva de novos alunos são pura abstração e incógnita, que estes mesmos conteúdos não conseguem cobrir. Percebo que nesses mesmos quase cinco anos, que minhas turmas, já que dou aula para os primeiros períodos, e invariavelmente, abro o semestre dando sua primeira aula (daí, o tamanho de minha responsabilidade), são mais ou menos heterogêneas, e em alguns casos, até mais homogêneas, por sinal. Fato este que me obriga a ser rápido o suficiente para adaptar meu conteúdo a cada turma/disciplina.

Isto é um lado da questão. E eu só posso falar por mim. O outro, é o lado da imprevisibilidade que engloba a qualidade do alunado que senta nos bancos/pranchetas do ensino superior. A formalização dos conteúdos programáticos inclusos nos planos de ensino, não dá a medida exata da multiplicidade dos alunos de uma instituição de ensino superior. 

A formação pregressa desses alunos, sua situação familiar, social, econômica e política é uma incógnita quase eterna, que só vai se delineando ao longo dos anos. E isso só acontece se você tiver uma relação mais estreita com seu alunado, de forma à conhecer todos. O que, por fim, se torna quase que uma tarefa impossível. 

Neste meio tempo, os alunos vão se organizando em grupos, com maior ou menor afinidade (de todos os tipos e matizes), que se ajudam ou se repudiam (nos casos mais extremos); e alguns alunos, naturalmente, se tornam líderes para o bem e, até para o mal. Esta última, por sinal, é uma atitude que, para mim, soa muito estranha, já que fico imaginando o que passa pela cabeça de um aluno vir a uma faculdade para criar discórdia, enfrentar o professor, atrapalhar o andamento de uma aula, e, por conseguinte, de todo um semestre, pelo simples bel prazer de ser capaz de fazer isso?

Caráter é algo que não se ensina em uma faculdade. No máximo, se molda e se orienta para a vida profissional.

Os professores acabam tendo seu papel de referencial cobrado diariamente, sendo postos em cheque nas mais variadas situações. Mestres da vida e do ensino, por mais humanos e imperfeitos que sejam. Por fim, minha aluna do primeiro período tem razão: uma boa aula não depende somente do professor, mas também, e principalmente, do aluno, seu interesse e vontade de aprender e dialogar com o professor. Um boa aula se resume a isso: diálogo!

sexta-feira, 10 de abril de 2015

sexta-feira, 3 de abril de 2015

mUqueca!

Em 03/04/2015:

Como dizemos aqui no ES, principalmente na Páscoa:

"Muqueca é capixaba! Pois o resto, é peixada!". E não adianta dizer o contrário.
Tem que ser feita aqui em Vitória e na região da Ilha das Caieiras...
Feliz Páscoa para todos!

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Dois "Ls"

Em 02/04/2015:

"Luiz e Lucas...Nome de rei e nome de santo.
Décima segunda letra do alfabeto.
Metade do caminho...

Jovens crianças, meninos de meu irmão.
Crias da alegria de meus pais, seus avós.

Loirinhos como o sol,
espertos como passarinho.

Rápidos, ligeiros e falantes.
Sempre com novidades,
Mesmo que elas nunca sejam ditas.

Os vi crescer. Os vejo envelhecer.
Amadurecer os ossos e engrandecer o espírito.

Futuro dos pais,
Alegria do tio.

Grandes-pequenos meninos-homens..."

Eu, Luiz, Lucas (careteiro) e o "passarinho".



domingo, 29 de março de 2015

Gênese da arquitetura

Em 29/03/2015:
"Arquiteturas nascem do olhar do arquiteto que tudo vê e sente.
Ver e sentir devem fazer parte do arquiteto.
Ser arquiteto está  além da arquitetura, e a arquitetura é algo além.
Criar arquitetura se origina no que está além, no olhar e sentimento do arquiteto.
Deve ser ele sensível ao que está ao seu redor, ao que o cerca, ao que apreende pelo olhar e sentimentos.
Do arquiteto se espera que traduza o que vê e sente em arquitetura. Por isso que a arquitetura está além...
Arquitetura não possui um princípio físico; está além...
É anterior e interior".

Toninho comilão

Em 29/03/2015:
"Toninho é comilão!
Come tudo,
comepedra,
comechão!
Quando põe batonzinho de  chocolate na boca,
Transforma tudo em diversão.
Sorriso grande.
Dentes sujos de chocolate.
Olhos vivos e brilhantes.
Carinho de criança
Que cansa a gente mais velha.
Cansa o Elvis, o  cachorrinho,
Pula-pula novinho que gosta de brincar de bolinha de papel.
Toninho é igualzinho ao Elvis,
Só não tem pêlo e nem focinho.
Mas quer sempre brincar e chamar a atenção".
Antônio "toninho" Cesar; meu sobrinho mais novo, filho de meu irmão do meio.

sábado, 28 de março de 2015

Pingo no mundo

Em 28/03/2015:

"O que tenho eu para fazer?
Perante o mundo, sou um pingo!
Não faço chover...
Mas, posso acumular vontade,
Conhecimento,
Sabedoria,
Atitude,
E disseminar o pingo por aí...".

Traições

Em 28/03/2015:

"A cada traição acometida, o mundo diminui um pouco mais".

sábado, 21 de março de 2015

Composição.Plástica.Tridimensional...



Aula de Composição Plástica Tridimensional. CAU-FAACZ, turma 2015 (20/03/2015). Materiais de desenho, pintura, técnicas em papéis diferentes, expressões, DNA do Arquiteto... Imagens tiradas e editadas pela Profa. Graça Boina com câmera digital.

Lembrança de um dia cheio de perguntas, risos, descobertas compartilhadas com os alunos do primeiro período de Arquitetura e Urbanismo da FAACZ e minha colega Profa. Graça Boina...Que seja sempre assim...descobertas!

quinta-feira, 19 de março de 2015

Fim

Em 18/03/2015:

"O fim não é o fim das coisas.
É prenúncio de algo que estar por vir.
Um recomeço,
Renovação,
Novidades.

O fim não se esgota em si.
Alimenta a esperança e o espírito da vida.

A vida se faz entre os extremos: o começo e o fim.
Pontos de uma mesma linha que pode ser reta ou tortuosa.

Tudo na vida tem seu alfa e seu ômega.
E o próprio fim é por fim, o princípio do recomeço."

domingo, 15 de março de 2015

Cidade das vaidades

Em 15/03/2015:

Os que me conhecem sabem da minha posição crítica quanto às ingerências dos governos políticos que assumem e assumiram o poder em nosso País. Estas ingerências administrativas, econômicas e políticas afetam diretamente o espaço urbano, palco da própria atuação política de uma sociedade democrática. 

A polis é o espaço histórico da voz pública, do cidadão se expressar, na origem do termo grego. Ao mesmo tempo, pelo legado histórico romano, é a reunião dos cives que constroem a civitas (CACCIARI, 2009, p. 10). A cidade, por fim, nestas primeiras décadas do séc. XXI foi retomada como lugar das manifestações públicas da população, de cidadãos comuns ao invés de grupos específicos, segmentos ligados lutas sociais, trabalhistas, ideológicas, etc. 

A falta de representatividade perante os governos, o poder legitimado pelo voto, vem criando nestes últimos anos uma sociedade descolada da política, que absorta no seu dia a dia, abre mão de seu poder de vigília e de conscientização em seu papel na democracia. Rompantes de democracia, de legitimação popular vêm acontecendo sem rumos e discursos definidos; em posições ditas políticas limitadas à ocupação dos espaços públicos por manifestações "espontâneas", seja qual for o direcionamento político que domine estas vozes, ou, como mais recentemente, o cartaz que cada um carrega como sua cruz pessoal, que precisa ser apresentada e, de alguma forma, resolvida pelo poder vigente. Na mesma medida em que o poder contemporâneo se fragmenta ao longo da extensa burocracia, a representatividade e o poder de decisão popular também se fragmentam nas extensas e conectadas redes sociais, que vêm mobilizando milhares, seja para um "flah mob" ou para manifestações contra governos, políticos, a economia, o problema de minha rua... Manifestações tão instantâneas como são suas criações e, tão turvas em seu discurso (se é que há algum) como são seus criadores em sua origem política. 

Prenuncia-se, há muito, que as redes são os novos fóruns e ágoras, os lugares de encontro dos cidadãos, que culminam, quando da necessidade, no espaço público real. Mas esquecem-se (ou nunca souberam ou procuraram saber) que nesses espaços, o debate era objetivo e direto, onde a retórica, em forma de oratória era o meio de se defender as ideias. O debate se escasseou ao ser trocado pelas convocatórias on-line para ocupar as ruas; a ponderação, sobre a qual discutia há pouco com um colega, não é mais posta como suporte à discussão. Ir à rua, mostrar minha cara e indignação é a forma política de me expressar, seja lá o que dê isso no final. 

A polarização política que assumiu o Brasil nos últimos anos, marcada nesta última eleição presidencial de 2014, mostra a falta de discurso e propostas claras, tanto dos ditos partidos de esquerda como os ditos de direita; "ditos", pois assumem discursos quase próximos, e para sua manutenção ou alavancamento ao poder, fazem alianças políticas nunca antes pensadas em suas origens. O poder é o fim e não o meio, por estes caminhos assumidos. Sem o poder, não se consegue a atuação política, enquanto as ideias, propostas, projetos ficam para depois do poder. Manipula-se a população por todos os lados e matizes políticos para manutenção política; incute-se na vaidade pessoal de cada um, o seu papel de cidadão. Levantar a bandeira do Brasil, gritar palavras de ordem, pintar a cara e pedir mudanças na política, no governo, no governante, no regime político não é mais coisa de direita ou esquerda. É coisa do próximo Twitter! Ou grupo do Whatsapp, Facebook [...] As atuais manifestações de rua são eventos meramente sociais, uma forma de ocupar o espaço público tão distante do dia a dia e tão diferente e incomum da vida on-line comum. Mas o alcance político vai depender da vontade da política...

A jovem democracia brasileira, como já apontaram alguns, ainda não aprendeu a votar e não aprendeu com a história e seus erros. Tiram-se e colocam-se governantes pelo voto, mas esquecem do poder do voto na hora do voto. E os partidos jogam a história pelo ralo para reinventar a mesma, moldá-la ao seu poder. A esquerda parou no tempo; é verdade que em um tempo em que ainda havia discurso, mas, não aprendeu a reinventar seus discursos (ao invés da história), suas propostas para a sociedade que muda a passos largos. A direita, pelo contrário, nunca precisou mudar, pois sempre será a oposição estática em sua origem. A população, sem muitas opções, vota no "menos pior" ou na loteria para ver o que dá. O debate político se resume a ataques pessoais que dão mais mídia do que um chato fórum de ideias.No final, vamos para a rua no domingo, porque é dia sagrado do descanso e do lazer!         




sexta-feira, 13 de março de 2015

Mestres e pupilos

Em 13/03/2015:

"O pupilo, se quer ser igual ao seu mestre, precisa ser melhor que ele, pois o mestre, um dia, já foi pupilo de outro igual".

Na tela, o Prof. Dr. Helder A. Carita Silvestre, direto de Portugal, participando via Skype, da banca de Mestrado (PPGAU-UFES/março de 2015) do Arquiteto Felipe Bosi.    

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Certeza e incertezas

Em 23/02/2015:

"De todas as incertezas que eu tinha
Você era a única certeza de minha vida. 

Ao seu lado, menina-mulher, eu acalmava minha alma,
Apaziguava meu ser e encontrava meu centro.

Mas, você foi embora...
Então, que certeza tenho agora?"

O poder

Em 23/02/2015:
Nestes dias marcados pela pouca alternância de poder na política, onde se almeja o poder pelo poder e as ideologias que orientavam os homens se desmancham frente a este mesmo poder, ponho sempre em reflexão uma frase que, vez ou outra, repito em conversas sobre política, revolução, sociedade, etc.: Nada mais reacionário do que um ex radical!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Lágrimas hegelianas

Em 20/02/2015:

"Em Hegel, a dor é fonte da arte.
Ao mesmo tempo, a arte apazígua a alma,
Acalenta a dor e representa o homem.

O homem se vê na arte.
Sua dor desvanece em lágrimas de Hegel:
"Chorar já é ficar consolado"!
Purifica-se o físico da dor sobre a alma.

Externa-se a dor, pelas lágrimas, na arte.
As paixões são iguais a dor em Hegel: aliviam-se pelas lágrimas.
Mas, o Amor, perdura às lágrimas e não se acalenta nas lágrimas!
Paixões passam como a dor passa, mas o Amor é sempre domínio da eternidade..."






sábado, 14 de fevereiro de 2015

O arquiteto humanista, mas não o dono da história, segundo Umberto Eco.

Em 14/02/2015:

Para Umberto Eco, em seu livro "Estrutura ausente" (edição brasileira de 2007), o arquiteto é uma das últimas figuras do humanismo, por sua vocação interdisciplinar:

"(...) vê-se o arquiteto continuamente obrigado a ser algo diferente dele mesmo. Vê-se coagido a tornar-se sociólogo, político, antropólogo, semiólogo...(...) Obrigado a encontrar formas que enformem sistemas de exigências sobre as quais não tem poder, obrigado a articular uma linguagem, como a Arquitetura, que sempre deve dizer algo diferente de si mesma (o que não acontece com a língua verbal que, ao nível estético, pode falar sobre formas; nem com a pintura que, como pintura abstrata, pode pintar as suas leis; e muito menos com a música, que organiza sempre e unicamente relações sintáticas dentro do próprio sistema), o arquiteto está condenado, pela natureza do seu trabalho, a ser talvez a única e última figura de humanista da sociedade contemporânea: obrigado a pensar na totalidade justamente na medida em que se torna técnico setorial, especializado, interessado em operações específicas e não em declarações metafísicas" (ECO, 2007, p. 242-243).

Mas o autor alerta sobre o pretenso poder do arquiteto de mudar a história:

"Ora, ao contrário do sociólogo e do político - que trabalham para modificar o mundo, mas no âmbito de uma curva de tempo controlável - não cabe necessariamente ao arquiteto modificar sozinho o mundo; cumpre-lhe, porém, poder prever, para uma curva de tempo não controlável, o variar dos eventos em torno de sua obra" (ECO, 2007, p. 246). E conclui:

"No momento mesmo em que se busca, fora da Arquitetura, o código da Arquitetura, cumpre também ao arquiteto saber configurar suas formas significantes de modo que possam enfrentar outros códigos de leitura.   Porque a situação histórica em que se apóia para individuar o código é mais passageira do que as formas significantes por ele introduzidas nesse código.O arquiteto deve, por conseguinte, receber orientações do sociólogo, do fisiólogo, do político, do antropólogo, mas também deve prever, ao dispor formas que correspondam às exigências desses estudiosos, a falência das suas hipóteses e a cota de erro nas suas investigações. Cumpre-lhe, em todo o caso, saber que sua tarefa é antecipar e acolher, não promover, os movimentos da história"(ECO, 2007, p. 247).

Ver em especial: ECO, Umberto. Estrutura ausente: introdução à pesquisa semiológica. São Paulo: Perspectiva, 2007.



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A alma tem que trabalhar

Em 13/02/2015:

Da mestra Tomie Ohtake, falecida no dia de ontem, sobre a relação da produção da arte com a velocidade dos computadores: "A alma também tem que trabalhar!". Ou seja, uma obra artística é um processo interno, da alma do artista e precisa de tempo para ser gestada. Não é um processo mecânico da velocidade da máquina; o tempo é domínio do artista e de sua criação.

Gravura de 2002 da artista Tomie Ohtake. Coleção particular.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Princípios da arquitetura

Em 10/02/2015:

Citaremos, minimamente, três princípios que se estendem à arquitetos e estudantes de arquitetura: a verdade, o compromisso e o respeito. São princípios éticos que se estendem também e além das fronteiras disciplinares da arquitetura.

1. A verdade:

A verdade na arquitetura vem da consciência de cada arquiteto. Premissa ética que rege as relações sociais, que no campo ou disciplina da arquitetura, expressa a relação do arquiteto com premissas básicas da própria arquitetura: o contexto, a história, os materiais utilizados, etc.. 

A verdade se torna o discurso técnico-teórico do arquiteto, visão de sua produção arquitetônica, e por corolário, de sua visão de cidade e mundo. É sua posição política, sua inserção na sociedade. 

Não existe uma arquitetura de mentira, mas sim, sempre uma verdade por detrás de cada arquitetura!

2. O compromisso:

O compromisso se reflete na produção do arquiteto: Que arquitetura ele quer fazer? Para quê e para quem? Perguntas que definem o programa ético, político, social, econômico e profissional de cada arquiteto. 

O compromisso está ligado à verdade na arquitetura pela presença da própria arquitetura ao longo do território urbano. A cidade é o espelho de vários tipos de compromissos; verdadeiros ou não, são no mínimo, amostras das consciências de seus criadores.

3. O respeito:

O respeito é o grau, em última instância, das verdades e compromissos de cada arquiteto com a arquitetura que este produz para a cidade. A forma como ele atua sobre o solo da cidade, com sua história e cultura define o quão é respeitoso este arquiteto com o contexto que o rodeia.  


Inhotin (2012) - Clique para ampliar.


  

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Projetar e planejar

Em 08/02/2015:

"Projetar em arquitetura e urbanismo é planejar. Não se projeta e planeja para se resolver problemas, mas, para se evitar problemas!"

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Morrer uma vez

Em 06/02/2015:




"Não se morre somente pelo físico.
A alma, o espírito, também padece de sua morte.

Já diziam sábios, filósofos, religiosos e charlatões idem,
Que o corpo físico carece da alma.

A alma, estado etéreo e subjetivo do ser nos faz quem somos.
O corpo, esta casca, matéria estética envelhece no tempo; desgasta!

A alma culta, pelo contrário, cresce no tempo. A alma fútil,
Por sua vez, se perde no tempo.

Por fim, quem busca o tempo, para este, a Morte, Senhora do Tempo, desgasta o físico,
Mas não a alma".



quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Música do filme de animação "O conto da princesa Kaguya", do estúdio Gibli

Em 29/01/2015:

O filme/animação é mais uma obra de arte do Studio Gibli, e a letra dessa música é triste e ao mesmo tempo esperançosa:


"A alegria que senti quando te toquei
foi muito profunda
e infiltrou-se
em cada canto desse corpo.

Mesmo se eu estiver muito longe
e não entenda mais nada
mesmo quando chegar o tempo dessa vida acabar
tudo o que há agora é tudo o que houve no passado.

Nós nos encontraremos novamente, tenho certeza
em algum lugar nostálgico.

O calor que você me deu
no fundo, lá no fundo
vem a mim agora, completo
de um tempo distante.

Firmemente no meu coração
as chamas da paixão iluminam
e suavemente acalmam minha dor.

Nas profundezas da minha tristeza
tudo agora
é esperança pelo futuro.

Eu lembrarei, tenho certeza
em algum lugar nostálgico.

Tudo o que há agora
é tudo o que houve no passado.

Nós nos encontraremos novamente, tenho certeza
em algum lugar nostálgico.

Tudo o que há agora
é tudo o que houve no passado.

Nós nos encontraremos novamente, tenho certeza
em algum lugar nostálgico".

(música - versão traduzida do japonês - que encerra o filme de animação "O conto da Princesa Kaguya"  (Kaguya-hime no Monogatari), do Studio Gibli e que concorre ao Oscar 2015, em sua categoria).


Os três arquitetos

Em 29/01/2015:

Como diz o arquiteto e grande  amigo Jorge Paiva, existem três tipos de arquitetos:

"- Primeiro, aquele que ama a arquitetura, mas, não é lá bom em projetar, ou não gosta mesmo. Prefere as discussões teóricas da profissão;
- O segundo é aquele que é o bom projetista, rápido e de pensamento lógico, mas, não ama a arquitetura. Arquitetura é sua profissão e só;
- E o terceiro, que une estes dois tipos, ama o que faz e tem o rigor da técnica do projetar".

O que transcrevi acima é uma interpretação livre da fala do amigo Jorge, em sua sabedoria. Mas espelha, em grande medida, a formação e os caminhos dos novos arquitetos que saem de nossas escolas de arquitetura. Alcançar ou ser o terceiro tipo de arquiteto, aquele que une a técnica com o que se ama é o salto qualitativo que nos falta. 

O ensino por sua vez, é a obrigação, ou destino, para alguns, de quem sabe. Ensinar não é para aventureiros, ou para aqueles que se encaixam naquela rancorosa frase de "quem sabe faz e quem não sabe ensina!". Pelo contrário, cada vez mais percebo a necessidade do saber da profissão no ensino da arquitetura. De um lastro, de uma experiência vivida que vira ensino. Isto é, de certa forma, uma representação possível do terceiro tipo de arquiteto, que é, por fim, uma busca eterna em nossa formação.               

                           

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ouvindo-a

Em 28/01/2015:

"Ouvindo o coração, eu ouço! E vejo.
A vejo deitada sobre meu peito, ouvindo-me.
Ouço sua respiração.
A vejo me olhando;
Fitando meus olhos e esperando-me.
Esperando-me ouvi-la"



sábado, 24 de janeiro de 2015

Idades do saber

Em 24/01/2015:

Belíssima descrição das idades do saber de Roland Barthes, em seu texto "Aula":

"Há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra, em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar. Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de desaprender: de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação dos saberes, das culturas, das crenças que atravessamos. Essa experiência tem, creio eu, um nome ilustre e fora de moda, que ousarei tomar aqui sem complexo, na própria encruzilhada de sua etimologia: Sapientia: nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível" (BARTHES, Roland. Aula. Aula inaugural da cadeira de semiologia literária do Colégio de França, pronunciada dia 7 de janeiro de 1977. São Paulo: Cultrix, 2007).


Lapiseira Rotring 300 refletindo sobre o texto "Aula" de Roland Barthes

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Amor e ódio

Em 21/01/2015:

"Amor e ódio:

Amor e ódio são limiares da mesma coisa: a existência humana!
São opostos, mas, a fronteira entre ambos é uma linha tênue.
Misturam-se em vários momentos de insanidade.
Separados, são admnistráveis, quando possível.
Representam, por vezes, os opostos do Bem e do Mal. 
São duas fontes de poder e energia que alimentam a alma.
A grande e árdua tarefa está em domar estas energias, para que a alma não seja consumida".

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Amor de um sonho

Em 20/01/2015:

Sonho de amor,
Amor libidinoso,
Que não é amor
Mas, desejo!

Desejo de ter
Mas ter, não é amar!
Amar é ser o outro no coração,
No íntimo, no âmago do ser.
É ser o outro
Sem deixar de ser você.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Drones, novas tecnologias e o entendimento da cidade

Em 17/01/2015:

Em recente artigo publicado  no site Archdaily Brasil (http://www.archdaily.com.br/br/760305/a-cidade-tridimensional-como-os-drones-impactarao-a-paisagem-urbana-no-futuro), o autor, Evan Raw, discuti como a utilização cada vez maior dos drones pode afetar, no tempo, a forma de percebermos a paisagem à nossa volta. Muda-se a maneira de ver o mundo, sua escala e relações. 

Esta Era da apreensão das grandes escalas da paisagem, iniciou-se com o advento da Google e seus softwares de imagens globais, como o Google Earth, o Maps e, o derivado de ambos, o grande projeto do Google Street View. Estes softwares da Google, vem, em grande medida, substituir os levantamentos aéreos fotografados, estáticos e de acesso restrito, quando não, indisponíveis como documentos de segurança nacional. A popularização pelo uso on-line desses programas muda, forçosamente, o modo e as possibilidades de leitura do espaço, principalmente do espaço urbano. 

A forma dinâmica e interativa do uso dos drones, por exemplo, dá ao estudo da forna urbana, ou morfologia urbana, a tridimensionalidade de seu desenho, limitado até os dias de hoje, à bidimensionalidade de mapas e plantas das cidades ou seus fragmentos. Esta tridimensionalidade, aproxima, por assim, o entendimento da morfologia urbana da paisagem urbana, este último, necessariamente entendido como uma construção tridimensional. Por fim, estes novos instrumentos do estudo urbano do século XXI, aproximam estas duas grandes leituras da cidade, ou grandes narrativas, da própria arquitetura como elemento primário de sua constituição. 

A questão da invasão de privacidade e a constante sensação (cada vez maior) de sermos vigiados por todos os lados e tipos de olhos, é fundo para outras discussões...

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

ELA

Em 05/01/2015:


"ELA

Ao fechar os olhos, eu me lembro dela...
Seu nome vagueia por minha boca
Pois, a saudade que sinto, não cabe no mundo!

O amor é perverso com a alma despreparada,
Ou com a alma incondicional.

Amor, em palavra, em significado,
Hoje, é dito da boca para fora!
Amor leviano, como leviana é a dor".

sábado, 3 de janeiro de 2015

O desenho e as grandes narrativas

Hoje:

"O desenho é o meio, pelo qual, as grandes narrativas da arquitetura e do urbanismo tem a possibilidade de se interligar, de forma prática. Ele está no início, como parte do processo de criação, no meio, ao longo do processo de desenvolvimento e, no fim, como base da execução e elemento de interpretação histórica".


"Pintar pessoas e pintar cidades"

 Em 02/01/2015:

Dias atrás, meu sobrinho Lucas, atualmente com cinco anos, disse que quando crescer, quer ser artista. Hoje, perguntei-lhe:

- Mas que arte você quer fazer?

Disse-me ele:

- Quero pintar pessoas e pintar cidades!