Em 29/01/2015:
Como diz o arquiteto e grande amigo Jorge Paiva, existem três tipos de arquitetos:
"- Primeiro, aquele que ama a arquitetura, mas, não é lá bom em projetar, ou não gosta mesmo. Prefere as discussões teóricas da profissão;
- O segundo é aquele que é o bom projetista, rápido e de pensamento lógico, mas, não ama a arquitetura. Arquitetura é sua profissão e só;
- E o terceiro, que une estes dois tipos, ama o que faz e tem o rigor da técnica do projetar".
O que transcrevi acima é uma interpretação livre da fala do amigo Jorge, em sua sabedoria. Mas espelha, em grande medida, a formação e os caminhos dos novos arquitetos que saem de nossas escolas de arquitetura. Alcançar ou ser o terceiro tipo de arquiteto, aquele que une a técnica com o que se ama é o salto qualitativo que nos falta.
O ensino por sua vez, é a obrigação, ou destino, para alguns, de quem sabe. Ensinar não é para aventureiros, ou para aqueles que se encaixam naquela rancorosa frase de "quem sabe faz e quem não sabe ensina!". Pelo contrário, cada vez mais percebo a necessidade do saber da profissão no ensino da arquitetura. De um lastro, de uma experiência vivida que vira ensino. Isto é, de certa forma, uma representação possível do terceiro tipo de arquiteto, que é, por fim, uma busca eterna em nossa formação.
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