domingo, 8 de novembro de 2015

O livro do universo, em Sandman - Prelúdio, de Neil Gaiman

Em 08/11/2015:

"Imagine um livro.

Imagine um livro que
contém tudo que está
acontecendo, tudo que já
aconteceu, tudo o que acontecerá. Não há nada
que exista que não esteja escrito nesse livro.

O livro é pesado. Sua capa
é de um couro, feito de pele de
um animal que jamais existiu.

Os únicos olhos que o
leem são cegos. Veem
apenas trevas e o conteúdo
de suas páginas.

O volume é o universo, e
apenas o cego Destino vê o
universo assumir a forma de
histórias. Talvez seja o único
ser que leia todas as as histórias
que o universo tece.

O tomo está acorrentado
a ele. Se com o intento de
proteção para impedir que seu
proprietário escape ou para
indicar que ambos são uma
única entidade, nem mesmo ele
sabe, nem pode dizer.

O Destino carrega o universo.

É raro, mas não chega a ser
novidade que o Perpétuo leia a
respeito de si no livro. Afinal, ele
é, à sua maneira, um habitante do
universo. Agora, vira uma página e
lê a seu respeito".
(GAIMAN, Neil. Sandman: prelúdio. Barueri, SP: Panini Books, 2015, pag. 12)




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