sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Yoda

Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante...

O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento” 

Mestre Yoda (Star Wars) 

Sandman Prelúdio. Vol 3

Em 30/12/2016:

"Um dia, quiçá, todos nós havemos de nos tornar lendas.
Nós deixaremos esta trilha para além do tempo ou do espaço,
Quando, de nós, restarão apenas dúvidas tremendas.
Hão de esculpir nossos atos e nos dedicar o mais belo traço.

Tudo que se dirá sobre nós há de ser mentira.
Mas do tipo que recita verdades e virtudes.
Falarão de nossas vidas, como as que se admira,
Proferindo os épicos de nossas juventudes.

Mais pujantes do que somos interpretar-nos-ão os atores,
Mais divertidos, profundos, belos e com timbre de tenores.

Suas falas ecoarão mais ressonantes, sábias e dramáticas
Do que nossas débeis palavras.
Ah, mentiras majestáticas.

Então, aguarda. Tais narrativas podem ser verdade um dia.
Por ora, vivos, tropeçamos, padecemos e oramos, todavia".

(GAIMAN, Neil. Sandman: prelúdio. Barueri, SP: Panini Books, 2016, V. 3)

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Responsabilidade

Em 13/12/2016:

Arquitetura não se faz sem a cidade e a cidade não se faz sem o olhar social de quem a projeta.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Conhecimento

Em 10/12/2016:

Conhecimento vem do caos: informações diversas organizadas e sistematizadas pelo raciocínio lógico.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Carta aos formandos do CAU-FAACZ 2016

Desde 2014, formalmente, escrevo uma carta de despedida à turma de formandos do Curso de Arquitetura e Urbanismo / FAACZ. Cada carta possui um tema específico. Mas a desse ano, como a do ano passado, retomei o tema da ética!

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Latências...



Quando falo em atitudes nazistas , as quais vivemos hoje, de forma velada ou não... Lendo o livro de Gumbrecht, sobre a "latência" na história pós-1945, percebo exatamente isso: que excrescências como essas, estavam presentes em sua ausência, pegando carona na definição de Gumbrecht sobre a latência ("presença na ausência"). Achávamos que não existia mais ou tivesse acabado mas, estava lá. Sempre esteve. Esperando uma oportunidade para reaparecer e agir sobre seu tempo de espera. Estamos vendo atitudes em todas as esferas: sociedade, Estado, Justiça...Atitudes corruptas e corrompidas em nome do fim da própria corrupção. O anti-ético em favor da ética. O desumano em nome da humanidade. A inversão de valores ou outros valores em nome dos valores. O fim como meio do começo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A história humana como a história da paisagem-p 04





A quarta e última parte da quadrilogia "A história humana como a história da paisagem: Jardins, conceitos e tipologias" de video-aulas da disciplina de Paisagismo I, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faacz Faacz, ministrada pelos professores Ivana Souza Marques e Fabiano Vieira Dias. Nessa quarta aula, abordamos o jardim moderno e a (bio) diversidade do paisagismo contemporâneo, fechando o conteúdo histórico do semestre letivo.
Essa série de aulas foi um esforço dos professores da disciplina em sistematizar e organizar de forma concisa, todo espectro da história humana, pela leitura da transformação da paisagem (ocidental), tendo-se em consciência que o assunto não se encerra em si. Cabe, por vez, o interesse primordial do aluno em dar continuidade a essa pesquisa, como parte de sua formação acadêmica e profissional. Agradecemos a todos pela paciência e apoio dado.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

O arquiteto e médico

Em 13/09/2016:

Um arquiteto que não entende a cidade ou que não trabalha com a cidade é igual a um médico que não conhece o corpo humano. Não tem sentido de ser.

sábado, 3 de setembro de 2016

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A história humana como a história da paisagem - parte 03





Vídeo-aula "A história humana como a história da paisagem: Jardins, conceitos e tipologias (parte 03)", da disciplina de Paisagismo I, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faacz Faacz, ministrada pelos professores Ivana Souza Marques e Fabiano Vieira Dias.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Compondo com o lugar





Vídeo-aula com o título "Compondo com o lugar: Diretrizes projetuais para arquitetura através do entendimento do lugar". Nesse vídeo apresento 04 diretrizes de como projetar tendo o lugar de implantação da arquitetura como referência.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

A história humana como a historia da paisagem - parte 02





Vídeo-aula "A história humana como a história da paisagem: Jardins, conceitos e tipologias (parte 02)", da disciplina de Paisagismo I, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faacz Faacz, ministrada pelos professores Ivana Souza Marques e Fabiano Vieira Dias.

sábado, 13 de agosto de 2016

Tipologias de prédios escolares - conceitos, história e exemplos



Vídeo-aula da disciplina Projeto Arquitetônico VI, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faacz Faacz, ministrada pelos professores Fabiano Vieira Dias e Rodrigo Mattos. Título: "Tipologias de prédios escolares: Conceitos, história e exemplos".

A história humana como a história da paisagem - parte 01



Vídeo-aula "A história humana como a história da paisagem: Jardins, conceitos e tipologias (parte 01)", da disciplina de Paisagismo I, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faacz Faacz, ministrada pelos professores Ivana Souza Marques e Fabiano Vieira Dias.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Três opções

Em 11/08/2016:

Três opções do horizonte contemporâneo político:

- Aceitar;
- Resistir
- ou Evadir-se!

A questão é qual a escolha de sua consciência?

sábado, 30 de julho de 2016

Meta

Em 30/07/2016:

Um meta profissional, enquanto arquiteto-urbanista?
É projetar o que escrevo e escrever do que projeto!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Arquitetura e o vestir-se

Em 06/07/2016:

Andei pensando, à pouco, em uma possível correlação entre o ato cotidiano de vestir-se e o fazer arquitetura. Explico:

Para mim, vestir-se não é algo ligado à moda ou estilos, mas está ligado ao lugar onde eu vou (ou estou) e, principalmente, o que quero expressar de mim naquele lugar e momento. Por isso, o vestir-se para um lugar tem a ver com o caráter desse lugar e meu estado de espírito.

Por comparação, fazer arquitetura é um modo de "vestir" um lugar com um objeto que expresse o espírito desse lugar (pegando carona no termo do historiador Christian Norberg-Schulz), que necessita do modo como o arquiteto interpreta esse lugar e que deseja ser interpretado em sua arquitetura.

domingo, 3 de julho de 2016

Quem seremos nós...




  O povo brasileiro está mesmo carente de referências ou não tem a mínima noção do conceito de herói, quando atribui ao primeiro que aparece, defendendo a bandeira da moral e ética, a alcunha de herói...continuamos um país subdesenvolvido, tacanho moralmente e pobres culturalmente quanto aos nossos referenciais. 
  A juventude elege pseudo-líderes que se apoiam na fragilidade social do país que quer ter seus problemas resolvidos a qualquer custo, mesmo às custas da lei e dos direitos garantidos. Esses "líderes" se aproveitam de sua exposição massificada nas mídias, as quais não aprofundam o debate e não expõem, realmente, quem são esses eleitos. Se vê e se vende a superfície. A capa do herói. E não suas reais intenções ou interesses. 
  Nos tornamos um país sem projeto, sem futuro a não ser do meu eu individual. Não somos uma sociedade de indivíduos pensantes, mas, coletivos de interesses próprios com mais ou menos força política e de voz. Nossa jovem democracia continua sendo feita por remendos, por puxadinhos sem projeto. Nossa cultura não privilegia o outro, mas, a massificação feita para dar lucros como produto de consumo. Ou seja, pobre em conteúdo e reflexão. Isso se espelha na forma como lidamos com a política: a preguiça do pensar, refletir e criticar é patente nas escolhas que temos de nossas lideranças. Pessoas que não são chefes de nada, mas representantes. Mas se a representação não existe pela enorme diversidade de coletivos e individualidades, então, como esses líderes serão cobrados? Não serão! Estão soltos dentro do sistema alimentando-o e se alimentando dele. 
 Se já era ótimo uma sociedade não-pensante, uma agora fragmentada ou mesmo polarizada é melhor ainda. As polarizações retomam seu lugar na história: dominantes e oprimidos, direita e esquerda, capitalismo e socialismo...o discurso é tão raso, que não há mais possibilidade do debate, pois posições se tornaram artilharia para ofensas. Cegam-se os olhos por interesses ou por ignorância.      Enquanto se perde tempo com ofensas, outros, ganham terreno sobre a economia, os direitos e a liberdade. Pano de fundo para fascismos de todas as matizes e credos. Reais, encobertos, sublimados ou até, se é que isso existe, inocentes. 
 Reinventar o Brasil, se tornou uma necessidade. Reconstruir sua história futura a partir de seu passado, uma urgência! Mas, difícil será, com a história presente a qual vivemos...

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Quatro faces

Quatro faces de um mesmo eu
Persona
Personas
Coisas e seres
Dentro do receptáculo corpóreo
Essência da existência
Da vontade de ser
Que é
Que foi
E será!
Uno em volta de vários
Dentro de si
Com todos.

Às voltas em voltas e retornos
Em idas para outros lugares
Distantes e próximos
Sozinho e cheio.
Indo em frente,
Mas pensando no antes...

domingo, 19 de junho de 2016

Exposição "Tudo o que não invento é falso" de Rick Rodrigues. Crítica:

Humildemente, adentro a área da crítica de artes, sem contudo, querer ser ou ter expertise como tal. Valho-me de meu mundo envolto em arte da arquitetura, da academia, de minha formação e de minha origem como filho de artista/professora de Artes Plásticas da UFES, a senhora minha mãe Dilzete Dias. O que transcrevo aqui, são sensações e curiosidades de quem aprecia e participa desse mundo, direta ou indiretamente. 

A exposição de Rick Rodrigues, a qual e o qual conheci pela internet/facebook me deixou curioso primeiramente, pelo título: "Tudo o que não invento é falso". Nessa frase, retirada do poeta Manuel de Barros, Rick resume as afirmações de um artista que tem, em sua produção, as certezas concretas do que produz. Quanto aos outros, não cabe-lhe julgar; somente o que faz. O teste é transformar em realidade sua imaginação e seus sonhos.

Ao adentrar a exposição de Rick Rodrigues, na tradicional galeria Homero Massena, na região da Cidade Alta, em Vitória, nos deparamos como um conjunto de desenhos belamente e cuidadosamente emoldurados/conservados em acrílico, lenços bordados e uma série de miniaturas de mobiliários, bonecos e miudezas coloridas, de declarado apelo pop mas, parte da coleção particular de Rick que une nessa exposição, desenho e intervenção no espaço ou no mini-espaço. 

Seus desenhos expressam a delicadeza infantil que perdemos com o passar dos anos; finos traços invisíveis em vermelho e azul dão o tom dos desenhos, onde também se inserem experimentações com texturas sobre o papel Canson como nuvens, fumaças ou interrupções diáfanas sobre o papel. Os elementos desenhados se seguem algo, é o sonhar e a liberdade de expressão criativa e cativante, que abre mil possibilidades interpretativas. Em certos momentos, invocam os mini-mobiliários enquanto elementos lúdicos e de composição, em outros, sonhos fantásticos dos contos infantis. 

Sua coleção particular de miniaturas de mobiliários surge como intervenção espacial, criação artística de ambientes imaginários, modificáveis com o mexer das mãos. Belas peças de madeira e plástico que, para alguém como eu, acostumado com maquetes arquitetônicas, é um prato cheio, diga-se de passagem! 

Uma exposição que mexe com o imaginário lúdico infantil mas que nos faz, adultos, pensar como a arte pode ser intrigante, lúdica, criativa e aberta com poucos elementos. 













terça-feira, 14 de junho de 2016

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Pré-conceito

Em 13/06/2016:

Ao longo de minha vida acadêmica e profissional enquanto arquiteto-urbanista, cansei de ouvir a velha piada que não para de ser repetida, que o "arquiteto é o cara que não foi homem suficiente para ser engenheiro e nem mulher para ser artista plástico"... Piada surrada e sem criatividade a cada nova versão que escutei na vida. E ainda descubro, a pouco tempo, que ela não se limita à cultura do pré-conceito brasileiro, mas também está presente na vida dos nossos irmãos-vizinhos latinos...

Tive ao longo de minha vida profissional vários colegas gays (homens e mulheres), mas somente quando me tornei professor de arquitetura, a partir de 2010, que convivi, de forma mais próxima, com as incertezas, tristezas e agruras do ser "diferente", através de vários alunos que passaram por mim, em minhas aulas, e eram e são declaradamente homossexuais. Essa convivência me fez mais ainda respeitá-los pelo que são. Pela força de ter de enfrentar a sociedade machista e preconceituosa em que vivemos e que, nesse momento estranho da democracia brasileira, está a caça de demônios para atear fogo, seja através de palavras, de ameaças ou de violência e morte.

Sou heterossexual, e ser hétero, não me faz ser melhor do que os outros, ou de um gay, por exemplo. Me faz ser diferente, diverso na verdade, dentre tantas diferenças ou diversidades que permeiam nossa sociedade (brasileira, mundial etc.). Presenciei e presencio todos os dias o pré-conceito na  minha vida social, profissional e acadêmica em que me incluo. O Pré-conceito quando transformado em verdade absoluta, pautada na ignorância cultural, na falta de respeito pelo outro ou na visão distorcida de doutrinas religiosas, só têm o fim na violência.

Aprendi com esses meninos e meninas, com os colegas da vida profissional (arquitetos e professores) que mesmo as agruras do ser "diferente" aos olhos de uma sociedade como a nossa, não os impede de serem felizes como são. E essa é a melhor parte! Dividir com eles a alegria da vida, o sentimento de amor pelos parceiros, as angústias também e, principalmente, a imensa inteligência que possuem.

Se temos o direito de medir as pessoas que seja por sua inteligência e o poder de compartilha-la com todos nós.    

  

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Criar no vazio

Em 06/06/2016:

Criar um projeto sem conhecer corretamente o lugar em que se inscreve, é criar no vazio!

domingo, 29 de maio de 2016

Histórias

Em 29/05/2016:

Todo lugar conta uma história.

Cabe ao arquiteto, desvendá-la!

Mas, qual é a história que você quer contar?

Essa é a questão!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Ser...Gente... Cidade

Em 24/05/2016:

Ao pensar em cidade, penso em gente!
Ao pensar em gente, penso em relações
Ao pensar em relações, penso em sociedade,
Em gente,
Em suas relações sociais e urbanas.

Cidade...
Aspecto urbano do ser gente.
Das relações entre pessoas,
Das relações entre as pessoas e o espaço urbano.

Ao pensar assim,
Penso enquanto arquiteto,
Enquanto urbanista,
Arquiteto e urbanista,
Arquiteto-urbanista,
Arquiteto.Urbanista
Arquitetourbanista,
Sergentecidade.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Arquitetura e discurso

Em 18/05/2016:

Arquitetura é, essencialmente, um discurso político. Político, perante a cidade. E você, arquiteto, é parte da construção política de sua cidade. Você é o que desenha!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Desenhando a cidade

Em 17/5/2016:


A expressão máxima da profissão do arquiteto-urbanista está em seu ato de desenhar a cidade. Ao sair dos limites do lote, a arquitetura-urbana, ou, a arquitetura na escala da cidade e seu contexto, assume a cidade como cliente último.




segunda-feira, 16 de maio de 2016

Muito honrado e feliz, enquanto arquiteto da urbe.arquitetônica - arquitetura & urbanismo, de ter um de nossos projetos de espaços públicos realizados. O projeto da Praça do Bairro de Vila Nova, em Iúna-ES (região do Caparaó capixaba), realizado em parceria com a equipe da Avantec Eng. teve suas obras concluídas. A satisfação é maior em saber que o cliente está satisfeito, e ainda, quando esse cliente é uma cidade inteira. A expressão máxima da profissão do arquiteto se exprime quando este traça novas arquiteturas urbanas, quando desenha a cidade em prol de um bem comum a partir de uma paisagem significante. Em especial, no projeto de Vila Nova, voltamos os olhares de sua população ao seu rio histórico, origem de sua cidade: o Rio Pardo. Espaços públicos, democráticos e diversificados é o que nossas cidades merecem! Parabéns a todos!
Conheça esse e outros de nossos projetos em:http://www.urbearquitetonica.com


sábado, 14 de maio de 2016

Pensar, pesar e pesar

Em 14/05/2016:

Pensar dói!
Dói aos que não querem pensar
Pesa nos ombros dos que tem consciência,
Pois pesam-se as palavras pensadas que montam a equação.

Equação essa, da lógica da realidade
Crua e nua?
Ou do utópico pensamento de outrora,
Onde pesam as críticas e desgraças humanas
De tempos passados que teimam em retomar

Que pesam novamente sobre a realidade de agora?

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Vídeo enviado pela Google.

Em 11/05/2016:
Iniciativa bacana da Google. Gerou um vídeo a partir de algumas imagens minhas. Ficou muito bom!



domingo, 8 de maio de 2016

O poder do poder

Em 08/04/2016:

Com o poder, eu posso!
Tudo posso!
O bem e o mal,
Do bem e do mal,
Pelo bem e pelo mal,
Para o bem e para o mal...

A distinção se faz no caráter de quem detém o poder.
Nas mãos do poder está o destino dos outros.
Para os outros, todos, o poder orienta.
O bem e o mal!

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Luto em luto

Em 03/05/2016:

Luto por um ideal de democracia
Que se reflete na cidade
Que reflete na arquitetura
Que reflete as pessoas
Que somos nós!

As duas métricas do arquiteto,
Arquitetura e Urbanismo,
Que no fundo, constroem a paisagem da cidade
Palco da sociedade
Em atos e des-atos.

Democracia frágil...
Que entorpe, distorce e contorce o espaço.
A mente das pessoas...
Passivos-ativos sobre o espaço
Perambulam por questões aqui e ali da frágil democracia...
A cidade...
Esse palco onde alegrias e violências convivem juntas na fragilidade

Embebedam alguns e alegram outros pelo e do porvir.
Sintomas estranhos de uma realidade esquisita
Que teima em nos enganar a cada instante-tempo.

Tempo de luta. Tempo de luto. Tempo de defender o certo
A democracia
A cidade
A arquitetura
O urbanismo
A paisagem
Nós!

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Doutrinação

Em 26/04/2016: A semana que passou tive o desprazer de uma conversa imbecil com um colega arquiteto que pedia para que nossas crianças não sejam doutrinadas por professores de esquerda... Pois bem, sou professor. Professor de Arquitetura e Urbanismo. Meus alunos, diferente do lamento do colega, não são mais crianças. E digo mais: eu os doutrino! - Os doutrino a serem arquitetos-urbanistas; - Os doutrino a fazerem arquitetura pensando na cidade. - Os doutrino a fazerem belas arquiteturas e, por tabela, a fazerem belas cidades; - Os doutrino a serem éticos em sua profissão e, por tabela, a serem éticos ao fazer arquitetura e cidades; - e, por fim, os doutrino a serem humanos, a propagarem humanidade, ou seja, a serem humanistas. Os doutrino sim, a serem arquitetos melhores!

domingo, 17 de abril de 2016

impeachment e a cultura arquitetônica (ou a falta dela)!

Em 17/04/2016. 

Escrevo durante o processo de Impeachment da Presidente Dilma, ou, como prefiro chamar, da sociedade brasileira. Até esses últimos dias, toda a virulência, ódio, agressões verbais (que são físicas também, pois afetam, você) por parte dos que se opõem ao governo de então, não tinham me afetado, diretamente. Absorvia sem sofrer. Mas, um fato em especial, ocorrido no dia 15/04 me fez literalmente ficar em mal estar. 

Vinha postando em minha pagina do facebook (https://www.facebook.com/FABIANOVDIAS), ao longo da semana, vários videos de arquitetos-urbanistas, referências em nossa profissão, que são contra o impeachment, entre eles, os videos de Abilio Guerra, Erminia Maricato, Bruno Santa Cecília, Sylvio de Podestá, Renato Cymbalista, Flavio Villaça, Marcelo Ferraz, Nabil Bonduki, Raquel Rolnik, entre tantos outros que fazem da cidade o seu discurso sobre a arquitetura. 

Historiadores, arquitetos projetistas, pesquisadores, professores (praticamente todos), que com seus escritos vêm nos últimos anos nos ensinado a ver a cidade como espeço democrático, de uma forma ou de outra. Em um dos primeiros videos postados, o da professora e reconhecidíssma arquiteta Raquel Rolnik, foi onde o mal-estar me atingiu. 

Vi, de forma assustada, uma série de comentários em seu post do vídeo, vídeo este, advindo da página "Arquitetos pela Democracia" (https://www.facebook.com/arqpelademocracia) e produzidos pelo SASP (sindicado de Arquitetos de São Paulo). Esse comentários, em quase sua totalidade eram de cunho ofensivo a pessoa de Raquel Rolnik, arquiteta, Doutora, professora, autora de vários livros sobre cidade e urbanismo, consultora da ONU, chamando-a de "arquiteta frustrada", "quem essa Raquel?", "seus óculos vermelhos só fazem ela enxergar vermelho" e tantas outras pérolas, que deixaram de ser pérolas para se tornarem textos agressivos, de ódio e, principalmente de pura ignorância que beira a burrice, pela tamanha falta de cultura arquitetônica. 

Falo isso, pois a grande maioria dos que postaram textos agressivos e ou sem nenhuma noção de quem estavam insultando, eram, por fim, arquitetos-urbanistas tanto de faculdades particulares como de federais. Simplesmente, desconheciam quem era Raquel Rolnik. Nesse momento, o meu mal-estar foi exatamente por isso: primeiro pela ignorância das atitudes de arquitetos que se dizem urbanistas, ou, que pelo menos em seus títulos carregam a alcunha como tal. Ser arquiteto-urbanista é ser democrático e pensar de forma democrática o espaço urbano. É não pensar a arquitetura enquanto objeto isolado, sem contexto ou relação com a cidade. É pensar a cidade e seus lugares. É assim que Raquel Rolnik pensa a cidade, principalmente em seu último livro "Guerra dos lugares" (http://www.boitempoeditorial.com.br/v3/Titulos/visualizar/guerra-dos-lugares), para quem é hoje, assessora mundial da ONU sobre cidades. 

Não sei o que tem se ensinado nas faculdades e universidades de arquitetura, mas me orgulho de minha formação na UFES, onde fui introduzido às questões sociais que envolvem nossa alcunha de urbanistas, e me orgulho ainda do que nossos professores de urbanismo do curso de arquitetura e urbanismo da faculdade onde leciono vem ensinado ao nossos alunos. Não somos desenhadores de objetos, mas fazedores de relações com a cidade.


O vídeo da Raquel : https://www.facebook.com/arqpelademocracia/videos/107031059700759/

E abaixo, print dos comentários do mesmo (só para ilustrar o tamanho e quantidade de comentários):

sábado, 9 de abril de 2016

Sátira

Para a imbecilidade reinante de plantão, que vem hostilizando as sátiras do Portas dos Fundos, após "descobrirem" que...

Publicado por Fabiano Vieira Dias em Sábado, 9 de abril de 2016

domingo, 3 de abril de 2016

o Mito e o Herói

O mito e o herói.Nesses últimos messes, muito se usou dos termos "mito" e "herói", atribuídos, respectivamente, ao Sr....

Publicado por Fabiano Vieira Dias em Domingo, 3 de abril de 2016

quarta-feira, 30 de março de 2016

Túnel

Em 29/03/2016

Túnel do tempo.
Que tempo?
Um Tempo sem fim?
E o tempo, tem fim?
Tem! 
No tempo.

sábado, 12 de março de 2016

Valores éticos-estéticos

Em várias oportunidades em sala de aula, com meus alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo / FAACZ, discutimos o papel...

Publicado por Fabiano Vieira Dias em Sábado, 12 de março de 2016

sexta-feira, 4 de março de 2016

Ponderação

Momento triste para Brasil. De um lado, uma sucessão de escândalos sobre corrupção, os noticiados, os não noticiados,...

Publicado por Fabiano Vieira Dias em Sexta, 4 de março de 2016

quinta-feira, 3 de março de 2016

domingo, 28 de fevereiro de 2016

A cidade, por Massimo Cacciari

Do livro "A cidade" de Massimo Cacciari (GG, 2009):"Civitas é um termo que deriva de civis, portanto, de certo modo...

Publicado por Fabiano Vieira Dias em Domingo, 28 de fevereiro de 2016

Abstração

Abstraindo a composição... Fazer arquitetura é ir na essência das formas, pensando em sua função e como esse conjunto...

Publicado por Fabiano Vieira Dias em Domingo, 28 de fevereiro de 2016

Traço

Em 25/02/2016:

 No traço, o arquiteto expressa sua arquitetura!

Posições...


Posições...Não defendo direita e nem esquerda, ainda mais, depois de tantos erros cometidos nos últimos anos. Mas...
Publicado por Fabiano Vieira Dias em Domingo, 28 de fevereiro de 2016

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Opiniótas!


Nessa tarde de uma tranquilidade caliente de um sábado de trabalho, no dia 27/02/2016, imbecis percorrem Jardim Camburi...
Publicado por Fabiano Vieira Dias em Sábado, 27 de fevereiro de 2016
Crédito da imagem: Revista Bula 

Pense!!!


Pense! Sempre! Além de ser grátis, é necessário. Estabeleça relação com as coisas, pondere e critique. Seja sábio e...
Publicado por Fabiano Vieira Dias em Sábado, 27 de fevereiro de 2016
Crédito da imagem: Revista Bula 

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Arquitetura e arte

Em 07/02/2016:

Arquitetura em poucas palavras?

Arquitetura é a arte de construir cidades com qualidades estéticas e funcionais.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Educação



Venho constantemente me questionando do porquê ter escolhido ser professor (para alguns, "estar")...
Outros vão responder: vaidade!?
Impossível, pois não há vaidade que engane a inteligência dos alunos.
Eu prefiro dizer que é a vontade de mudar as coisas, de poder contribuir com minha parcela para melhorar o mundo. Que, através do ensino da arquitetura (ou dos caminhos possíveis da arquitetura, como gosto de dizer) eu possa contribuir na formação de jovens arquitetos éticos e preocupados com a construção de sua cidade. Nessas horas, lembro-me sempre das palavras de Roland Barthes em seu "A aula" (ver: http://arquitetura-do-eu.blogspot.com/2014/12/bela-arquitetura.html), que a educação passa por três estágios:
- a primeira, onde se ensina o que se sabe;
- a segunda, onde se ensina o que não se sabe, ou seja, o que se está pesquisando;
- e a terceira, onde você deixa de ensinar e aprende com seus alunos, em uma troca.

Em que estágio estamos?

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

(Re) Construção

Em 8/1/2016:

"Fui destruído!
Por dentro, desabei!
Por um tempo,
Fiquei sem minhas fundações,
As certezas que me sustentavam.

Aparentemente...

Precisei me reerguer.
Mas não o fiz sozinho.
Estou em processo de reconstrução.

Sou um projeto que nunca acaba.
Uma obra em eterna reforma.
Um alguém em busca de algo.

De um lugar.
De outro alguém,
Que me achou!"

Muro secular na casa de Daniel Cruz, em Linhares (2016).

domingo, 3 de janeiro de 2016