Em 30/07/2016:
Um meta profissional, enquanto arquiteto-urbanista?
É projetar o que escrevo e escrever do que projeto!
Um eu da alma... Pequenos textos, poesias, pensamentos autorais de arquitetura, cidade, outros... by Fabiano Vieira Dias
sábado, 30 de julho de 2016
sexta-feira, 29 de julho de 2016
domingo, 17 de julho de 2016
quarta-feira, 6 de julho de 2016
Arquitetura e o vestir-se
Em 06/07/2016:
Andei pensando, à pouco, em uma possível correlação entre o ato cotidiano de vestir-se e o fazer arquitetura. Explico:
Para mim, vestir-se não é algo ligado à moda ou estilos, mas está ligado ao lugar onde eu vou (ou estou) e, principalmente, o que quero expressar de mim naquele lugar e momento. Por isso, o vestir-se para um lugar tem a ver com o caráter desse lugar e meu estado de espírito.
Por comparação, fazer arquitetura é um modo de "vestir" um lugar com um objeto que expresse o espírito desse lugar (pegando carona no termo do historiador Christian Norberg-Schulz), que necessita do modo como o arquiteto interpreta esse lugar e que deseja ser interpretado em sua arquitetura.
Andei pensando, à pouco, em uma possível correlação entre o ato cotidiano de vestir-se e o fazer arquitetura. Explico:
Para mim, vestir-se não é algo ligado à moda ou estilos, mas está ligado ao lugar onde eu vou (ou estou) e, principalmente, o que quero expressar de mim naquele lugar e momento. Por isso, o vestir-se para um lugar tem a ver com o caráter desse lugar e meu estado de espírito.
Por comparação, fazer arquitetura é um modo de "vestir" um lugar com um objeto que expresse o espírito desse lugar (pegando carona no termo do historiador Christian Norberg-Schulz), que necessita do modo como o arquiteto interpreta esse lugar e que deseja ser interpretado em sua arquitetura.
domingo, 3 de julho de 2016
Quem seremos nós...
O povo brasileiro está mesmo carente de referências ou não tem a mínima noção do conceito de herói, quando atribui ao primeiro que aparece, defendendo a bandeira da moral e ética, a alcunha de herói...continuamos um país subdesenvolvido, tacanho moralmente e pobres culturalmente quanto aos nossos referenciais.
A juventude elege pseudo-líderes que se apoiam na fragilidade social do país que quer ter seus problemas resolvidos a qualquer custo, mesmo às custas da lei e dos direitos garantidos. Esses "líderes" se aproveitam de sua exposição massificada nas mídias, as quais não aprofundam o debate e não expõem, realmente, quem são esses eleitos. Se vê e se vende a superfície. A capa do herói. E não suas reais intenções ou interesses.
Nos tornamos um país sem projeto, sem futuro a não ser do meu eu individual. Não somos uma sociedade de indivíduos pensantes, mas, coletivos de interesses próprios com mais ou menos força política e de voz. Nossa jovem democracia continua sendo feita por remendos, por puxadinhos sem projeto. Nossa cultura não privilegia o outro, mas, a massificação feita para dar lucros como produto de consumo. Ou seja, pobre em conteúdo e reflexão. Isso se espelha na forma como lidamos com a política: a preguiça do pensar, refletir e criticar é patente nas escolhas que temos de nossas lideranças. Pessoas que não são chefes de nada, mas representantes. Mas se a representação não existe pela enorme diversidade de coletivos e individualidades, então, como esses líderes serão cobrados? Não serão! Estão soltos dentro do sistema alimentando-o e se alimentando dele.
Se já era ótimo uma sociedade não-pensante, uma agora fragmentada ou mesmo polarizada é melhor ainda. As polarizações retomam seu lugar na história: dominantes e oprimidos, direita e esquerda, capitalismo e socialismo...o discurso é tão raso, que não há mais possibilidade do debate, pois posições se tornaram artilharia para ofensas. Cegam-se os olhos por interesses ou por ignorância. Enquanto se perde tempo com ofensas, outros, ganham terreno sobre a economia, os direitos e a liberdade. Pano de fundo para fascismos de todas as matizes e credos. Reais, encobertos, sublimados ou até, se é que isso existe, inocentes.
Reinventar o Brasil, se tornou uma necessidade. Reconstruir sua história futura a partir de seu passado, uma urgência! Mas, difícil será, com a história presente a qual vivemos...
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Quatro faces
Quatro faces de um mesmo eu
Persona
Personas
Coisas e seres
Dentro do receptáculo corpóreo
Persona
Personas
Coisas e seres
Dentro do receptáculo corpóreo
Essência da existência
Da vontade de ser
Que é
Que foi
E será!
Da vontade de ser
Que é
Que foi
E será!
Uno em volta de vários
Dentro de si
Com todos.
Às voltas em voltas e retornos
Em idas para outros lugares
Distantes e próximos
Sozinho e cheio.
Dentro de si
Com todos.
Às voltas em voltas e retornos
Em idas para outros lugares
Distantes e próximos
Sozinho e cheio.
Indo em frente,
Mas pensando no antes...
Mas pensando no antes...
domingo, 19 de junho de 2016
Exposição "Tudo o que não invento é falso" de Rick Rodrigues. Crítica:
Humildemente, adentro a área da crítica de artes, sem contudo, querer ser ou ter expertise como tal. Valho-me de meu mundo envolto em arte da arquitetura, da academia, de minha formação e de minha origem como filho de artista/professora de Artes Plásticas da UFES, a senhora minha mãe Dilzete Dias. O que transcrevo aqui, são sensações e curiosidades de quem aprecia e participa desse mundo, direta ou indiretamente.
A exposição de Rick Rodrigues, a qual e o qual conheci pela internet/facebook me deixou curioso primeiramente, pelo título: "Tudo o que não invento é falso". Nessa frase, retirada do poeta Manuel de Barros, Rick resume as afirmações de um artista que tem, em sua produção, as certezas concretas do que produz. Quanto aos outros, não cabe-lhe julgar; somente o que faz. O teste é transformar em realidade sua imaginação e seus sonhos.
Ao adentrar a exposição de Rick Rodrigues, na tradicional galeria Homero Massena, na região da Cidade Alta, em Vitória, nos deparamos como um conjunto de desenhos belamente e cuidadosamente emoldurados/conservados em acrílico, lenços bordados e uma série de miniaturas de mobiliários, bonecos e miudezas coloridas, de declarado apelo pop mas, parte da coleção particular de Rick que une nessa exposição, desenho e intervenção no espaço ou no mini-espaço.
Seus desenhos expressam a delicadeza infantil que perdemos com o passar dos anos; finos traços invisíveis em vermelho e azul dão o tom dos desenhos, onde também se inserem experimentações com texturas sobre o papel Canson como nuvens, fumaças ou interrupções diáfanas sobre o papel. Os elementos desenhados se seguem algo, é o sonhar e a liberdade de expressão criativa e cativante, que abre mil possibilidades interpretativas. Em certos momentos, invocam os mini-mobiliários enquanto elementos lúdicos e de composição, em outros, sonhos fantásticos dos contos infantis.
Sua coleção particular de miniaturas de mobiliários surge como intervenção espacial, criação artística de ambientes imaginários, modificáveis com o mexer das mãos. Belas peças de madeira e plástico que, para alguém como eu, acostumado com maquetes arquitetônicas, é um prato cheio, diga-se de passagem!
Uma exposição que mexe com o imaginário lúdico infantil mas que nos faz, adultos, pensar como a arte pode ser intrigante, lúdica, criativa e aberta com poucos elementos.
terça-feira, 14 de junho de 2016
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Pré-conceito
Em 13/06/2016:
Ao longo de minha vida acadêmica e profissional enquanto arquiteto-urbanista, cansei de ouvir a velha piada que não para de ser repetida, que o "arquiteto é o cara que não foi homem suficiente para ser engenheiro e nem mulher para ser artista plástico"... Piada surrada e sem criatividade a cada nova versão que escutei na vida. E ainda descubro, a pouco tempo, que ela não se limita à cultura do pré-conceito brasileiro, mas também está presente na vida dos nossos irmãos-vizinhos latinos...
Tive ao longo de minha vida profissional vários colegas gays (homens e mulheres), mas somente quando me tornei professor de arquitetura, a partir de 2010, que convivi, de forma mais próxima, com as incertezas, tristezas e agruras do ser "diferente", através de vários alunos que passaram por mim, em minhas aulas, e eram e são declaradamente homossexuais. Essa convivência me fez mais ainda respeitá-los pelo que são. Pela força de ter de enfrentar a sociedade machista e preconceituosa em que vivemos e que, nesse momento estranho da democracia brasileira, está a caça de demônios para atear fogo, seja através de palavras, de ameaças ou de violência e morte.
Sou heterossexual, e ser hétero, não me faz ser melhor do que os outros, ou de um gay, por exemplo. Me faz ser diferente, diverso na verdade, dentre tantas diferenças ou diversidades que permeiam nossa sociedade (brasileira, mundial etc.). Presenciei e presencio todos os dias o pré-conceito na minha vida social, profissional e acadêmica em que me incluo. O Pré-conceito quando transformado em verdade absoluta, pautada na ignorância cultural, na falta de respeito pelo outro ou na visão distorcida de doutrinas religiosas, só têm o fim na violência.
Aprendi com esses meninos e meninas, com os colegas da vida profissional (arquitetos e professores) que mesmo as agruras do ser "diferente" aos olhos de uma sociedade como a nossa, não os impede de serem felizes como são. E essa é a melhor parte! Dividir com eles a alegria da vida, o sentimento de amor pelos parceiros, as angústias também e, principalmente, a imensa inteligência que possuem.
Se temos o direito de medir as pessoas que seja por sua inteligência e o poder de compartilha-la com todos nós.
quarta-feira, 8 de junho de 2016
segunda-feira, 6 de junho de 2016
Criar no vazio
Em 06/06/2016:
Criar um projeto sem conhecer corretamente o lugar em que se inscreve, é criar no vazio!
Criar um projeto sem conhecer corretamente o lugar em que se inscreve, é criar no vazio!
domingo, 29 de maio de 2016
Histórias
Em 29/05/2016:
Todo lugar conta uma história.
Cabe ao arquiteto, desvendá-la!
Mas, qual é a história que você quer contar?
Essa é a questão!
Todo lugar conta uma história.
Cabe ao arquiteto, desvendá-la!
Mas, qual é a história que você quer contar?
Essa é a questão!
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