domingo, 13 de dezembro de 2015

O lado

Em 13/12/2015:

Lado?
Que lado?
Direito?
Esquerdo?
Para cima?
Para baixo?
Para frente?
Para trás?
E o lado nenhum?
Existe o lado da sensatez?
Para que lado eu vou?
E eu preciso ir para algum lado?
Porquê?
Para quê?
Para quem...

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O pequeno poder

Em 08/12/2015:

Para quem serve?
A quem serve?
Serve aos que colhem as migalhas
Que gostam do sabor das coisas incertas,
Escondidas e erradas.
As coisas incertas não tem cor certa,
São turvas, obscuras até...
Estranhas à coisa certa.
O poder entorpece...
E o pequeno poder entorpece tanto quanto.
O que muda?
É quem é atingindo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

As três escalas do lugar e a relação com o "eu"

Em 16/11/2015:

As três escalas do lugar estão para as três relações do eu com o outro:

- A do objeto ~ eu comigo mesmo!
- A do local ~ eu com o próximo!
- A do contexto ~ eu com todos nós!

Tratar do lugar é tratar também das relações criadas entre arquitetura e a cidade, e os habitantes de cada uma.

domingo, 8 de novembro de 2015

O livro do universo, em Sandman - Prelúdio, de Neil Gaiman

Em 08/11/2015:

"Imagine um livro.

Imagine um livro que
contém tudo que está
acontecendo, tudo que já
aconteceu, tudo o que acontecerá. Não há nada
que exista que não esteja escrito nesse livro.

O livro é pesado. Sua capa
é de um couro, feito de pele de
um animal que jamais existiu.

Os únicos olhos que o
leem são cegos. Veem
apenas trevas e o conteúdo
de suas páginas.

O volume é o universo, e
apenas o cego Destino vê o
universo assumir a forma de
histórias. Talvez seja o único
ser que leia todas as as histórias
que o universo tece.

O tomo está acorrentado
a ele. Se com o intento de
proteção para impedir que seu
proprietário escape ou para
indicar que ambos são uma
única entidade, nem mesmo ele
sabe, nem pode dizer.

O Destino carrega o universo.

É raro, mas não chega a ser
novidade que o Perpétuo leia a
respeito de si no livro. Afinal, ele
é, à sua maneira, um habitante do
universo. Agora, vira uma página e
lê a seu respeito".
(GAIMAN, Neil. Sandman: prelúdio. Barueri, SP: Panini Books, 2015, pag. 12)




terça-feira, 27 de outubro de 2015

O mofo!

Em 27/10/2015:

O mofo!

Bem disse Symone, irmã de Kleber:

"Tudo mofa!"

Mas,
Só não mofa
O mofo
Que já é mofado!

O café sobre a mesa
o tempo levou o calor.
A sala de ar condicionado
Do ar que não se renova
No tempo,
Trouxe o mofo.

Fez ele brotar no café.
Pontos verdes sobre fundo preto.
Ou será marrom, cor de café?

Mas o certo é que,
Da piada do mofo,
veio o poema despretensioso.

Mas o mofo permanece,
até o café ser jogado fora.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Sol Quente

Em 14/10/2015:

"Sol quente...
Grama queimada.

A paisagem fica marrom
Árida e empoeirada.

O vento não refresca
Mas espalha!

Espalha o calor
Movimenta e faz mais calor.

Dilata as coisas e o tempo.
As coisas ficam lentas e o tempo comprido.

O dia passa devagar querendo a noite
Querendo frescor
A sombra da Lua

O mar está ali, logo ali...
Mas e o tempo para ir ao mar?
Dilatou com o Sol
À espera da noite".

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

sábado, 11 de julho de 2015

Filhos que não são gente


Em 06/07/2015:

Carola e Snif são de Regiane
Filhos que não são gente!
Mais que cãezinhos,
Mais que companhia,
Mais que animais, 
São espelhos de nossa alma.
Inocente na origem
Que se desregra no tempo.

Carola se foi...

Snif faz estripulias,
Brinca com a meia de Regiane
E se acha o dono de nós.

De nós não é,
Mas de nossa alma
Já é dono há muito tempo. 

Carola e Snif.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A morte da cidade?



Em 20/06/2015: 

Em recente artigo publicado em A Gazeta, na seção Opinião de 17 de Junho do corrente ano, falou-se da “Morte da cidade”. Não, não... A cidade não está morta, e sim, viva e pulsante, e cheia de contradições. Engana-se o colega arquiteto ao declarar a morte do urbanismo pela preservação ou criação de áreas verdes, em detrimento do crescimento urbano. Ambas, nos dias atuais, são essenciais à vida urbana, ou urbanidade que tanto defende o colega.
Até a Idade Média, as cidades europeias que posteriormente nos originaram culturalmente e urbanisticamente, tinham a natureza como elemento estranho à vida urbana, misteriosa, espaço extramuros do temor e do sagrado. A descoberta do Novo Mundo das Américas traz um novo olhar sobre a natureza: do Jardim do Éden bíblico, para onde o homem, por direito, deveria retornar. Este retorno foi, primeiramente, pela conquista, seguido do domínio e, posteriormente, do controle e exploração. Nos dias atuais, esta sequência da preponderância do homem sobre a natureza alcançou níveis alarmantes de degradação do meio ambiente, fato exaustivamente debatido nas últimas décadas.
O arquiteto italiano Renzo Piano, em seu livro Renzo Piano: sustainable architectures = arquitecturas sostenibles, de 1998,  defende que a cidade é, na verdade, uma segunda natureza, própria do homem, mas indissociável da primeira e originária. A cidade como segunda natureza só é possível se ela for uma interpretação da primeira, segundo o autor. Preservar o ambiente não atrapalha a urbanidade. A natureza completa a cidade e sua arquitetura; dá sentido a existência de ambas, já que a natureza foi sua origem, historicamente.
O que mata a cidade são planos diretores urbanos que não entendem as peculiaridades de cada região, de cada cidade e seus lugares. Que transformam a cidade em um mapa plano, objeto sem fisicalidade, passível de ter zoneamentos copiados de um plano a outro, de forma indiscriminada e irresponsável. A natureza, ou o meio ambiente natural e humano-construído está além dos planos diretores. É parte de nossa história urbana, de nossa origem como humanos e deve ser preservada para que possamos chamar nosso lar de cidade.   

Vista, em um dia nublado, da Grande Vitória, a partir do mirante do bairro Conquista (2005)



sexta-feira, 19 de junho de 2015

Reencontro (poema para Regiane)

Em 17/06/2015:

Reencontrei você!
Onde você estava?
Mesmo longe, mas não distante,
Sabia de você.
Outros me falavam e eu ouvia.
E sabia!
Sabia que estavas lá, mesmo eu aqui.
Seu mundo fazia parte do meu
Fez no início e faz agora.
Distante não estavas.
Somente estavas lá e eu aqui.
A distância não é longe perto de ti.
Te reencontrei e me reencontrei, ao mesmo tempo.
Estava longe de meu centro, mas reencontrei!


sábado, 13 de junho de 2015

sábado, 6 de junho de 2015

Tardes de Outono

Em 06/06/2015:

"Sempre gostei do Outono.
Nasci em Abril,
Latitude 21 graus, 19 minutos, 10 segundos. Sul. Na madrugada.
Meus primevos meses, foram outonais!

Dias ensolarados,
Às vezes nublados,
Às vezes chuvosos,
Às vezes frios...Prenúncio do inverno...

Mas lembro e sempre lembro
Das tardes amenas,
Do Sol inclinado e céu iluminado,
Uma luz diferente
Opaca, às vezes...
Que atenuava o dia e o deixava misterioso.

Período de renites,
mas a genética não é perfeita.
Tem que ser atenuada,
Igual às tardes de Outono".


Eu!