Em 27/10/2015:
O mofo!
Bem disse Symone, irmã de Kleber:
"Tudo mofa!"
Mas,
Só não mofa
O mofo
Que já é mofado!
O café sobre a mesa
o tempo levou o calor.
A sala de ar condicionado
Do ar que não se renova
No tempo,
Trouxe o mofo.
Fez ele brotar no café.
Pontos verdes sobre fundo preto.
Ou será marrom, cor de café?
Mas o certo é que,
Da piada do mofo,
veio o poema despretensioso.
Mas o mofo permanece,
até o café ser jogado fora.
Um eu da alma... Pequenos textos, poesias, pensamentos autorais de arquitetura, cidade, outros... by Fabiano Vieira Dias
terça-feira, 27 de outubro de 2015
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Sol Quente
Em 14/10/2015:
"Sol quente...
Grama queimada.
A paisagem fica marrom
Árida e empoeirada.
O vento não refresca
Mas espalha!
Espalha o calor
Movimenta e faz mais calor.
Dilata as coisas e o tempo.
As coisas ficam lentas e o tempo comprido.
O dia passa devagar querendo a noite
Querendo frescor
A sombra da Lua
O mar está ali, logo ali...
Mas e o tempo para ir ao mar?
Dilatou com o Sol
À espera da noite".
"Sol quente...
Grama queimada.
A paisagem fica marrom
Árida e empoeirada.
O vento não refresca
Mas espalha!
Espalha o calor
Movimenta e faz mais calor.
Dilata as coisas e o tempo.
As coisas ficam lentas e o tempo comprido.
O dia passa devagar querendo a noite
Querendo frescor
A sombra da Lua
O mar está ali, logo ali...
Mas e o tempo para ir ao mar?
Dilatou com o Sol
À espera da noite".
segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Segunda Guerra
70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial...que ela nunca mais se repita pelo bem da humanidade.
sábado, 11 de julho de 2015
Filhos que não são gente
Em 06/07/2015:
Carola e Snif são de Regiane
Filhos que não são gente!
Mais que cãezinhos,
Mais que companhia,
Mais que animais,
São espelhos de nossa alma.
Inocente na origem
Que se desregra no tempo.
Carola se foi...
Snif faz estripulias,
Brinca com a meia de Regiane
E se acha o dono de nós.
De nós não é,
Mas de nossa alma
Já é dono há muito tempo.
Carola e Snif são de Regiane
Filhos que não são gente!
Mais que cãezinhos,
Mais que companhia,
Mais que animais,
São espelhos de nossa alma.
Inocente na origem
Que se desregra no tempo.
Carola se foi...
Snif faz estripulias,
Brinca com a meia de Regiane
E se acha o dono de nós.
De nós não é,
Mas de nossa alma
Já é dono há muito tempo.
Carola e Snif. |
sexta-feira, 26 de junho de 2015
quarta-feira, 24 de junho de 2015
A morte da cidade?
Em 20/06/2015:
Em recente artigo publicado em A Gazeta, na seção
Opinião de 17 de Junho do corrente ano, falou-se da “Morte da cidade”. Não, não...
A cidade não está morta, e sim, viva e pulsante, e cheia de contradições.
Engana-se o colega arquiteto ao declarar a morte do urbanismo pela preservação
ou criação de áreas verdes, em detrimento do crescimento urbano. Ambas, nos
dias atuais, são essenciais à vida urbana, ou urbanidade que tanto defende o
colega.
Até a Idade Média, as cidades europeias que
posteriormente nos originaram culturalmente e urbanisticamente, tinham a
natureza como elemento estranho à vida urbana, misteriosa, espaço extramuros do
temor e do sagrado. A descoberta do Novo Mundo das Américas traz um novo olhar
sobre a natureza: do Jardim do Éden bíblico, para onde o homem, por direito,
deveria retornar. Este retorno foi, primeiramente, pela conquista, seguido do
domínio e, posteriormente, do controle e exploração. Nos dias atuais, esta sequência da preponderância do homem sobre a natureza alcançou níveis
alarmantes de degradação do meio ambiente, fato exaustivamente debatido nas
últimas décadas.
O arquiteto italiano Renzo Piano, em seu livro Renzo Piano: sustainable architectures =
arquitecturas sostenibles, de 1998,
defende que a cidade é, na verdade, uma
segunda natureza, própria do homem, mas indissociável da primeira e originária.
A cidade como segunda natureza só é possível se ela for uma interpretação da
primeira, segundo o autor. Preservar o ambiente não atrapalha a urbanidade. A
natureza completa a cidade e sua arquitetura; dá sentido a existência de ambas,
já que a natureza foi sua origem, historicamente.
O que mata a cidade são planos diretores urbanos
que não entendem as peculiaridades de cada região, de cada cidade e seus
lugares. Que transformam a cidade em um mapa plano, objeto sem fisicalidade,
passível de ter zoneamentos copiados de um plano a outro, de forma
indiscriminada e irresponsável. A natureza, ou o meio ambiente natural e
humano-construído está além dos planos diretores. É parte de nossa história
urbana, de nossa origem como humanos e deve ser preservada para que possamos
chamar nosso lar de cidade.
Vista, em um dia nublado, da Grande Vitória, a partir do mirante do bairro Conquista (2005) |
sexta-feira, 19 de junho de 2015
Reencontro (poema para Regiane)
Em 17/06/2015:
Reencontrei você!
Onde você estava?
Mesmo longe, mas não distante,
Sabia de você.
Onde você estava?
Mesmo longe, mas não distante,
Sabia de você.
Outros me falavam e eu ouvia.
E sabia!
E sabia!
Sabia que estavas lá, mesmo eu aqui.
Seu mundo fazia parte do meu
Fez no início e faz agora.
Seu mundo fazia parte do meu
Fez no início e faz agora.
Distante não estavas.
Somente estavas lá e eu aqui.
Somente estavas lá e eu aqui.
A distância não é longe perto de ti.
Te reencontrei e me reencontrei, ao mesmo tempo.
Te reencontrei e me reencontrei, ao mesmo tempo.
Estava longe de meu centro, mas reencontrei!
sábado, 13 de junho de 2015
sábado, 6 de junho de 2015
Tardes de Outono
Em 06/06/2015:
"Sempre gostei do Outono.
Nasci em Abril,
Latitude 21 graus, 19 minutos, 10 segundos. Sul. Na madrugada.
Meus primevos meses, foram outonais!
Dias ensolarados,
Às vezes nublados,
Às vezes chuvosos,
Às vezes frios...Prenúncio do inverno...
Mas lembro e sempre lembro
Das tardes amenas,
Do Sol inclinado e céu iluminado,
Uma luz diferente
Opaca, às vezes...
Que atenuava o dia e o deixava misterioso.
Período de renites,
mas a genética não é perfeita.
Tem que ser atenuada,
Igual às tardes de Outono".
"Sempre gostei do Outono.
Nasci em Abril,
Latitude 21 graus, 19 minutos, 10 segundos. Sul. Na madrugada.
Meus primevos meses, foram outonais!
Dias ensolarados,
Às vezes nublados,
Às vezes chuvosos,
Às vezes frios...Prenúncio do inverno...
Mas lembro e sempre lembro
Das tardes amenas,
Do Sol inclinado e céu iluminado,
Uma luz diferente
Opaca, às vezes...
Que atenuava o dia e o deixava misterioso.
Período de renites,
mas a genética não é perfeita.
Tem que ser atenuada,
Igual às tardes de Outono".
Eu! |
domingo, 31 de maio de 2015
As três escalas do lugar, em arquitetura
1. A escala do objeto arquitetônico e suas relações intrínsecas formais, funcionais e estruturais e com a escala e proporções humanas;
2. A escala local ou do entorno na relação do objeto arquitetônico e suas particularidades com os condicionantes locais e as normas edilícias urbanas;
3. A escala do urbano ou do contexto, onde a relação do objeto arquitetônico escapa de suas particularidades e se inter-relaciona com o meio que o circunda, seja ele físico (geográfico, natural, ambiental, construído, etc.) ou simbólico-significativo (a história local, sua arquitetura, suas relações sociais, econômicas e políticas, anseios e necessidades, símbolos e signos da cultura local, a paisagem, a memória, etc.). Escala da cidade.
Essas escalas são referenciais para o projeto arquitetônico. São graduações para se entender o lugar e o objeto arquitetônico a ser construído que, ao ser inserido nessas escalas graduais, deixa de ser um mero objeto e se torna parte de um todo, o qual chamaremos de cidade.
(OBS.: texto revisado em 21/01/2016)
(OBS.: texto revisado em 21/01/2016)
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Janelas d`alma
Em 17/05/2015:
"Cada lugar traz um desenho
Cada arquitetura descreve um desenho
Cada arquiteto, interpreta, em desenho.
O lugar é um desenho revelado
Sensível e olhado
De olhos que absorvem o mundo.
Riscam o lugar sobre o mundo
Criam outros mundos por mãos travessas
Que lutam contra a passividade e a indolência.
Toleram as diferenças que transformam em desenho.
O desenho é ato em silêncio mas não é mudo.
Conversa sobre o mundo, dialoga com o lugar.
No lugar, desenha-se uma janela...
O lugar, desenha-se por uma janela...
Desenha-se a alma, para o lugar".
"Cada lugar traz um desenho
Cada arquitetura descreve um desenho
Cada arquiteto, interpreta, em desenho.
O lugar é um desenho revelado
Sensível e olhado
De olhos que absorvem o mundo.
Riscam o lugar sobre o mundo
Criam outros mundos por mãos travessas
Que lutam contra a passividade e a indolência.
Toleram as diferenças que transformam em desenho.
O desenho é ato em silêncio mas não é mudo.
Conversa sobre o mundo, dialoga com o lugar.
No lugar, desenha-se uma janela...
O lugar, desenha-se por uma janela...
Desenha-se a alma, para o lugar".
domingo, 3 de maio de 2015
Outro e outros
Em 03/05/2015:
"Nós não temos culpa de nada, dizemos.
A culpa, sempre são dos outros!
A culpa, sempre são dos outros!
O outro é o diferente,
O estranho, o adverso,
O errado, o culpado.
O estranho, o adverso,
O errado, o culpado.
Os outros não existem
Somente como princípio de nossos problemas.
Somente como princípio de nossos problemas.
Quero culpar o outro
Mas o outro não cria meu problema.
Mas o outro não cria meu problema.
Assumir a culpa é difícil para alguns.
Dói na carne...
Para outros é desonra.
Mas corajoso é quem faz o mea culpa e não volta e comete o mesmo erro.
Dói na carne...
Para outros é desonra.
Mas corajoso é quem faz o mea culpa e não volta e comete o mesmo erro.
Nascemos sob o batizo da culpa que orienta nossa vida.
Culpados por algo que não entendemos em sua totalidade.
Culpados por algo que não entendemos em sua totalidade.
Égide dos pecados,
Mas que não nos livra de errar novamente e diferente.
Mas que não nos livra de errar novamente e diferente.
Égide que me protege
Mas não protege o outro
Estranho e alheio aos pecados de outro outro...
Mas não protege o outro
Estranho e alheio aos pecados de outro outro...
Se o outro sou eu,
Porquê então, culpo outros por ser eu assim?
Porquê então, culpo outros por ser eu assim?
Vergonha não é assumir o erro,
Mas, desonrar-se sob o manto da mediocridade,
Da pequenez do caráter
E esconder o erro por culpar o outro.
Mas, desonrar-se sob o manto da mediocridade,
Da pequenez do caráter
E esconder o erro por culpar o outro.
O outro é sempre vítima?
Não e nem sempre.
Mas é mais fácil culpar o outro
Do que a si mesmo."
Não e nem sempre.
Mas é mais fácil culpar o outro
Do que a si mesmo."
sexta-feira, 1 de maio de 2015
As curvas de Oscar
Em 28/04/2015:
"Oscar tem nas curvas sua geometria.
A curva se sobrepõe à reta!
A reta é geográfica: no mundo esférico,
Nada é reto!
A reta é curva no fim do mundo...
Do mestre aprende-se que o entorno é cultural,
Escapa do olhar e está na imaginação e sensibilidade.
A imaginação não é uma linha reta, por mais que eu tema em ser...
É fluída, variável e até inconstante.
É misteriosa como um caminho tortuoso de curvas.
É uma curva!
Ou várias curvas...
É o Oscar que teve mais de 100 anos acompanhado de curvas.
Os olhos passeiam pelas linhas sinuosas,
Sensuais...
Eróticas...
Humanas...
Do homem.
De alguém que esteve aqui e deixou sua marca,
Seu símbolo conversando com a natureza..."
"Oscar tem nas curvas sua geometria.
A curva se sobrepõe à reta!
A reta é geográfica: no mundo esférico,
Nada é reto!
A reta é curva no fim do mundo...
Do mestre aprende-se que o entorno é cultural,
Escapa do olhar e está na imaginação e sensibilidade.
A imaginação não é uma linha reta, por mais que eu tema em ser...
É fluída, variável e até inconstante.
É misteriosa como um caminho tortuoso de curvas.
É uma curva!
Ou várias curvas...
É o Oscar que teve mais de 100 anos acompanhado de curvas.
Os olhos passeiam pelas linhas sinuosas,
Sensuais...
Eróticas...
Humanas...
Do homem.
De alguém que esteve aqui e deixou sua marca,
Seu símbolo conversando com a natureza..."
Detalhe das curvas da fachada do Ed. Niemeyer, em Belo Horizonte. Ano de 2012. |
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