Em 09/02/2017:
O quanto você é "gente do bem" está inscrito no limite de sua ética. E qual seria ela?
Um eu da alma... Pequenos textos, poesias, pensamentos autorais de arquitetura, cidade, outros... by Fabiano Vieira Dias
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Humanidade (Moral), Diderot [8, 348]
"Humanidade é um sentimento de benevolência por todos os homens que somente se inflama numa alma grande e sensível. Esse nobre e sublime entusiasmo atormenta-se com os sofrimentos dos outros e a necessidade de aliviá-los; desejaria percorrer o universo para abolir a escravidão, a superstição, o vício e o mal.
Ele esconde-nos os erros de nossos semelhantes ou nos impede de senti-los. Mas nos torna severos para com os crimes: arranca das mãos do celerado a arma que seria funesta ao homem de bem. O que ele faz não é nos afastar de elos particulares, mas, ao contrário, torna-nos amigos melhores, cidadãos melhores, esposos melhores. Ele se apraz em expandir-se pela benevolência em relação aos seres que a natureza aproximou de nós. Vi essa virtude, fonte de tantas outras, em muitas cabeças e em poucos corações".
Tradução de Thomaz Kawauche
Fonte: Verbete integrante da Enciclopédia - Volume 5, de Diderot e d'Alembert, organização Pedro Paulo Pimenta e Maria das Graças de Souza. São Paulo: Editora Unesp, 2015, pág. 72.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Papel de professor
Em 30/02/2017:
Cada vez mais percebo que, enquanto professor de arquitetura e urbanismo, tenho a responsabilidade de instigar e questionar meus alunos sobre que arquitetura eles desejam fazer. Será uma arquitetura inclusiva ou excludente? Isso dirá muito sobre o caráter da cidade que eles construirão.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Origens do discurso estético de direita x esquerda
Em 25/02/2016
Por conta de uma postagem que fiz, no dia 24/02/2016 sobre a questão estética de direita que o Sr. Dória, prefeito de São Paulo, representa, recebi um comentário pertinente de um colega professor, de orientação política de direita, mas que é contrário à posição arrogante do prefeito Dória com relação aos grafites apagados das ruas de São Paulo. Para dirimir qualquer dúvida do que eu escrevi e por ter sido questionado pelo colega, respondi-o nos comentários para explicar o que havia postado (de forma curta e grossa, admito!). Por orientação de uma amiga arquiteta, transformei o comentário em uma postagem, que segue abaixo (mas editada para esse fim):
"Esqueça qualquer discurso marxista ao qual pareça o que vou escrever, mesmo que as bases históricas críticas quanto a isso sejam marxistas. Mas as origens modernas da direita e da esquerda vieram do embate entre os novos direitos conquistados pela burguesia, em meados do séc. XIX, sendo de um lado, uma parte dessa burguesia com dinheiro mas sem status de nobreza, e de outro, uma burguesia que via em sua posição a possibilidade de melhorias nas condições sociais e de trabalho. Um novo status carece de uma estética que a represente. De um lado, pode ser imposta como uma emulação de uma nobreza nunca alcançada mas desejada, e de outro lado, uma construção entre pares ou mesmo diferentes, ou seja, uma construção social. O que se propõem Dória, e os que ele representa, é uma imposição de gosto pessoal, um status de uma nobreza que nunca será alcançada, ao invés, por exemplo, na gestão do Haddad (e de outros anteriores) onde o grafite, como exemplo estético de nossa discussão e enquanto reconhecido pelo poder público, foi uma construção social, buscando em sua essência a beleza para uma cidade historicamente e metaforicamente cinza. Não foi decisão imposta, e sim, conversada e levada a cabo (soube que até houve uma resistência inicial quanto a isso na gestão do Haddad, mas que viram o erro que cometeriam em negar essa parcela da cidade). Sei que nisso vc concorda comigo, pois conheço sua atitude rock'roll, que os "pichos" são expressões de uma juventude sem voz. E quando a gente se lembra disso, de vários que foram negados a cidade, apagar sua voz, calar sua arte beira o crime. Já que ele gosta tanto do Romero Brito e sua arte de capa de caderno, não custava nada (em termos...) dar a ele um espaço na cidade para pintar, como foi o Kobra no Rio de Janeiro. A imposição do gosto da direita que assumiu o mando de SP é a marca de uma imposição de voz, do que a marca de uma construção de vozes".
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Vida em dobro
Em 13/01/2017:
"A cada ano que passa
Desejo viver o dobro de minha experiência.
Pensando assim,
A vida nunca passará."
"A cada ano que passa
Desejo viver o dobro de minha experiência.
Pensando assim,
A vida nunca passará."
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
"A condição contemporânea da arquitetura" - Josep Maria Montaner
E seu recente livro "A condição contemporânea da arquitetura", o arquiteto, crítico e historiador Josep Maria Montaner, retoma a proposta de enquadramento de tendencias da arquitetura em grandes temas, como havia feito em seu empreendimento histórico anterior, o livro "Depois do movimento moderno: Arquitetura da segunda metade do séc. XX", de 1993. Nesse novo livro, ele trabalha com cinco grandes temas, além de arquitetos e arquiteturas exemplares para entender e organizar a produção da arquitetura dos fins do séc. XX até o primeiro quarto de século, no qual estamos.
Seriam eles:
- A arquitetura high-tech e de suportes, com base no racionalismo modernista;
- Um arquitetura organicista, de forte expressão formal;
- A arquitetura baseada na "memória, nos monumentos e no contexto urbano" [na qual, incluo minhas pesquisas teóricas e práticas];
- Uma arquitetura experimental, baseada em "fragmentos" e em outros contextos,
- E a grande novidade, segundo ele, da arquitetura da fenomenologia, preocupada com o "valor da experiência e a percepção dos sentidos".
Em seu primeiro capitulo, sobre a "A continuidade do racionalismo e dos princípios modernistas", há espaço para as obras de Paulo Mendes da Rocha, sobre o quel ele ainda teima em enquadrar como produzindo arquiteturas de cunho minimalista, desde seu livro anterior. A arquitetura de Paulo Mendes da Rocha está muito ligada ao ato de construir, de edificar, na arquitetura enquanto (quase) ciência de construir o mundo; com fortes bases no modernismo racionalista dado pela tecnologia dos princípios do Séc. XX, onde o domínio do ato de projetar é também o domínio do construir o espaço. O minimalismo, se é que é relevante em sua produção, é uma consequência e não meio nem fim de seus projetos. E dentre as obras apontadas de Paulo Mendes, o Museu do Cais das Artes, em Vitória (ES), uma obra que mesmo em 2017, ainda está incompleta e sem data para ser inaugurada.
É um livro curto (nas dimensões e que você consegue ler todo em um dia), de rápida leitura (mas que carece do leitor uma introdução da história da arquitetura do séc. XX), onde Montaner não se aprofunda muito no(s) tema (s), diferente de como fez na primeira empreitada sobre a história da arquitetura depois da segunda metade do séc. XX. Mas, que te põe a pensar e a refletir nos rumos que a arquitetura vem tomando nos últimos anos e as perspectivas para o futuro.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Yoda
Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante...
“O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento”
Mestre Yoda (Star Wars)
“O medo é o caminho para o lado negro. O medo leva a raiva, a raiva leva ao ódio, o ódio leva ao sofrimento”
Mestre Yoda (Star Wars)
Sandman Prelúdio. Vol 3
Em 30/12/2016:
"Um dia, quiçá, todos nós havemos de nos tornar lendas.
Nós deixaremos esta trilha para além do tempo ou do espaço,
Quando, de nós, restarão apenas dúvidas tremendas.
Hão de esculpir nossos atos e nos dedicar o mais belo traço.
Tudo que se dirá sobre nós há de ser mentira.
Mas do tipo que recita verdades e virtudes.
Falarão de nossas vidas, como as que se admira,
Proferindo os épicos de nossas juventudes.
Mais pujantes do que somos interpretar-nos-ão os atores,
Mais divertidos, profundos, belos e com timbre de tenores.
Suas falas ecoarão mais ressonantes, sábias e dramáticas
Do que nossas débeis palavras.
Ah, mentiras majestáticas.
Então, aguarda. Tais narrativas podem ser verdade um dia.
Por ora, vivos, tropeçamos, padecemos e oramos, todavia".
(GAIMAN, Neil. Sandman: prelúdio. Barueri, SP: Panini Books, 2016, V. 3)
"Um dia, quiçá, todos nós havemos de nos tornar lendas.
Nós deixaremos esta trilha para além do tempo ou do espaço,
Quando, de nós, restarão apenas dúvidas tremendas.
Hão de esculpir nossos atos e nos dedicar o mais belo traço.
Tudo que se dirá sobre nós há de ser mentira.
Mas do tipo que recita verdades e virtudes.
Falarão de nossas vidas, como as que se admira,
Proferindo os épicos de nossas juventudes.
Mais pujantes do que somos interpretar-nos-ão os atores,
Mais divertidos, profundos, belos e com timbre de tenores.
Suas falas ecoarão mais ressonantes, sábias e dramáticas
Do que nossas débeis palavras.
Ah, mentiras majestáticas.
Então, aguarda. Tais narrativas podem ser verdade um dia.
Por ora, vivos, tropeçamos, padecemos e oramos, todavia".
(GAIMAN, Neil. Sandman: prelúdio. Barueri, SP: Panini Books, 2016, V. 3)
domingo, 18 de dezembro de 2016
Premiação IAB/ES 2016 - Praça de Vila Nova, em Iúna (ES).Via Instagran
Uma foto publicada por urbe.arquitetônica (@urbe.arquitetonica) em
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