Um eu da alma... Pequenos textos, poesias, pensamentos autorais de arquitetura, cidade, outros... by Fabiano Vieira Dias
sexta-feira, 26 de junho de 2015
quarta-feira, 24 de junho de 2015
A morte da cidade?
Em 20/06/2015:
Em recente artigo publicado em A Gazeta, na seção
Opinião de 17 de Junho do corrente ano, falou-se da “Morte da cidade”. Não, não...
A cidade não está morta, e sim, viva e pulsante, e cheia de contradições.
Engana-se o colega arquiteto ao declarar a morte do urbanismo pela preservação
ou criação de áreas verdes, em detrimento do crescimento urbano. Ambas, nos
dias atuais, são essenciais à vida urbana, ou urbanidade que tanto defende o
colega.
Até a Idade Média, as cidades europeias que
posteriormente nos originaram culturalmente e urbanisticamente, tinham a
natureza como elemento estranho à vida urbana, misteriosa, espaço extramuros do
temor e do sagrado. A descoberta do Novo Mundo das Américas traz um novo olhar
sobre a natureza: do Jardim do Éden bíblico, para onde o homem, por direito,
deveria retornar. Este retorno foi, primeiramente, pela conquista, seguido do
domínio e, posteriormente, do controle e exploração. Nos dias atuais, esta sequência da preponderância do homem sobre a natureza alcançou níveis
alarmantes de degradação do meio ambiente, fato exaustivamente debatido nas
últimas décadas.
O arquiteto italiano Renzo Piano, em seu livro Renzo Piano: sustainable architectures =
arquitecturas sostenibles, de 1998,
defende que a cidade é, na verdade, uma
segunda natureza, própria do homem, mas indissociável da primeira e originária.
A cidade como segunda natureza só é possível se ela for uma interpretação da
primeira, segundo o autor. Preservar o ambiente não atrapalha a urbanidade. A
natureza completa a cidade e sua arquitetura; dá sentido a existência de ambas,
já que a natureza foi sua origem, historicamente.
O que mata a cidade são planos diretores urbanos
que não entendem as peculiaridades de cada região, de cada cidade e seus
lugares. Que transformam a cidade em um mapa plano, objeto sem fisicalidade,
passível de ter zoneamentos copiados de um plano a outro, de forma
indiscriminada e irresponsável. A natureza, ou o meio ambiente natural e
humano-construído está além dos planos diretores. É parte de nossa história
urbana, de nossa origem como humanos e deve ser preservada para que possamos
chamar nosso lar de cidade.
Vista, em um dia nublado, da Grande Vitória, a partir do mirante do bairro Conquista (2005) |
sexta-feira, 19 de junho de 2015
Reencontro (poema para Regiane)
Em 17/06/2015:
Reencontrei você!
Onde você estava?
Mesmo longe, mas não distante,
Sabia de você.
Onde você estava?
Mesmo longe, mas não distante,
Sabia de você.
Outros me falavam e eu ouvia.
E sabia!
E sabia!
Sabia que estavas lá, mesmo eu aqui.
Seu mundo fazia parte do meu
Fez no início e faz agora.
Seu mundo fazia parte do meu
Fez no início e faz agora.
Distante não estavas.
Somente estavas lá e eu aqui.
Somente estavas lá e eu aqui.
A distância não é longe perto de ti.
Te reencontrei e me reencontrei, ao mesmo tempo.
Te reencontrei e me reencontrei, ao mesmo tempo.
Estava longe de meu centro, mas reencontrei!
sábado, 13 de junho de 2015
sábado, 6 de junho de 2015
Tardes de Outono
Em 06/06/2015:
"Sempre gostei do Outono.
Nasci em Abril,
Latitude 21 graus, 19 minutos, 10 segundos. Sul. Na madrugada.
Meus primevos meses, foram outonais!
Dias ensolarados,
Às vezes nublados,
Às vezes chuvosos,
Às vezes frios...Prenúncio do inverno...
Mas lembro e sempre lembro
Das tardes amenas,
Do Sol inclinado e céu iluminado,
Uma luz diferente
Opaca, às vezes...
Que atenuava o dia e o deixava misterioso.
Período de renites,
mas a genética não é perfeita.
Tem que ser atenuada,
Igual às tardes de Outono".
"Sempre gostei do Outono.
Nasci em Abril,
Latitude 21 graus, 19 minutos, 10 segundos. Sul. Na madrugada.
Meus primevos meses, foram outonais!
Dias ensolarados,
Às vezes nublados,
Às vezes chuvosos,
Às vezes frios...Prenúncio do inverno...
Mas lembro e sempre lembro
Das tardes amenas,
Do Sol inclinado e céu iluminado,
Uma luz diferente
Opaca, às vezes...
Que atenuava o dia e o deixava misterioso.
Período de renites,
mas a genética não é perfeita.
Tem que ser atenuada,
Igual às tardes de Outono".
Eu! |
Assinar:
Postagens (Atom)