Em 27/06/2021:
Há simplesmente o mal, e há a perversidade, quando o mal sente prazer em ser mal.
Um eu da alma... Pequenos textos, poesias, pensamentos autorais de arquitetura, cidade, outros... by Fabiano Vieira Dias
Em 27/06/2021:
Há simplesmente o mal, e há a perversidade, quando o mal sente prazer em ser mal.
Em 21/04/2021:
Em resposta a um colega cloroquiner: Se eu gostasse de poção mágica e feitiçaria, estaria dando aula em Hogwarts para a turma do Harry Potter.
Em 25/03/2021:
Cada indivíduo faz parte de uma coletividade a qual chamamos de sociedade. A perda de uma vida, seja ela a primeira da história, seja uma das mais de 300.000 almas perdidas só no Brasil pela COVID-19, nunca mais farão parte dessa coletividade. Não podem ser substituídas porque são individualidades e não máquinas. Lembre-se: você é tão importante quanto o outro é.
Em 16/03/21:
Precisou-se de uma Grande Guerra para acabar com o fascismo. Ele não acabou! Floresceu nos esgotos do mundo. E agora, abriram os esgotos e correm à céu aberto.
Em 10/03/2021:
Ontem, pela enésima vez, ouvi que todos nós somos substituíveis. Estranha-me profundamente a fala quando passamos por uma série crise sanitária mundial, pela pandemia de COVID-19, com milhares de mortes em pouco mais de um ano. Gostaria de imaginar o modo, com pensamentos como esse, de substituírem mais de 263.000 mortes por essa doença somente aqui, no Brasil...
Pelo contrário, ninguém é substituível. Ninguém é como você é, e ninguém faz o que você faz. Cada um é uma peça fundamental nessa engrenagem a qual chamamos de sociedade. Isso é, ao menos, o que acredito.
Em 04/03/21:
Diz Adorno: "O pensamento aberto aponta para além da de si mesmo. Sendo ao seu modo uma conduta, uma configuração da práxis, ele é mais afim à práxis transformadora que um comportamento que simplesmente obedeça a práxis. Na verdade, o pensamento já é, antes de todo o conteúdo específico, a própria força da resistência, da qual só foi alienado com muito esforço. Tal conceito enfático de pensamento não está protegido, entretanto, nem das condições existentes, nem das metas a se alcançar, nem de qualquer batalhão. Aquilo que uma vez foi pensado pode ser suprimido, esquecido, dissipado. Mas não se pode negar que algo disso sobreviva. Pois o pensamento contém o momento do universal. O que quer que tenha sido pensado com acerto deverá ser pensado por outros em outro lugar: essa confiança acompanha até mesmo o mais solitário e impotente pensamento. Quem pensa não se enfurece nas críticas; o pensar já sublimou toda a fúria. Em porque aquele que pensa não quer fazer mal a si mesmo, tampouco quer fazer mal ao demais. A alegria que emana dos olhos de quem pensa é a alegria da própria humanidade. Por isso, a tendência universal à opressão investe contra o pensamento enquanto tal: ele é a felicidade mesmo ali onde define a infelicidade; pois a enuncia. Somente por seu intermédio a felicidade penetra o domínio da infelicidade universal. Quem não deseja que a felicidade o atrofie, não se resignou" (ADORNO, Theodor W. Indústria cultural. São Paulo: Editora Unesp, 2020. p.282).