quarta-feira, 21 de junho de 2017

Narrativas do lugar

Eixos conceituais da construção narrativa do lugar. Publicado em DIAS, Fabiano Vieira; BOINA, Maria das Graças. Da composição como método: de Vitruvius à Ching nas escalas e relações da arquitetura e seu ensino – parte 01, 2016, p. 107

domingo, 28 de maio de 2017

Retomada

Em 28/05/2017

Retomemos os idos de 1980.
Enquanto lá se exigia a retomada constitucional dos direitos civis
Perdidos pela Ditadura esquecida e ainda idolatrada
Por muitos ainda hoje

Aqui, no hoje, exigisse as Diretas Já! por uma legalidade utópica
Mas moralmente necessária.

A moral sobre o utópico
Complementares na história
Faz-se necessário como elemento unificador do País.

Re-estabelecer a democracia frágil brasileira
Em torno de seu povo
Povo partido
País rachado

Do lado de lá
Do lado de cá.

O eu e o outro
E os outros?
Sem eus.
Nós.

Diretas Já como lá
Nos idos dos oitentas
É a esperança que nos resta
De nós como nós como povo.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Enquanto formos fisiologistas ao votar, enquanto continuarmos a nos preocupar com o problema do meu cartaz, enquanto continuarmos a pensar no eu e esquecer o nós, o outro, a alteridade, seremos tão iguais aos nossos políticos e aos seus sucessivos escândalos. Enquanto não mudarmos como sociedade, continuaremos sendo os mesmos.

Meu problema é nosso problema.

Enquanto formos fisiologista ao votar, enquanto continuarmos a nos preocupar com o problema do meu cartaz, enquanto continuarmos a pensar no eu e esquecer o nós, o outro, a alteridade, seremos tão iguais aos nossos políticos e aos seus sucessivos escândalos. Enquanto não mudarmos como sociedade, continuaremos sendo os mesmos.

domingo, 30 de abril de 2017

A Pós-verdade e a Pós-arquitetura

Em 29/04/2017:

Nesses primeiros quinze anos do séc. XXI, um termo caracterizou a propagação de informações nas mídias tradicionais (jornais, TV's etc.) em maior grau, e não tão menor nas mídias virtuais (rede sociais, sites, blogs etc.) onde ainda a mídia tradicional influencia: a Pós-verdade. 

O termo é definido pelo Oxford Dictionaries como algo "que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e as crenças pessoais" (FABIO, 2016). 

Ou seja, a concretude dos fatos apurados e investigados, reais, mesmo interpretados, vale menos do que a opinião pessoal de indivíduos ou de grupos de indivíduos que se reúnem em torno dessa mesma opinião ou crença. 

Penso que, isto posto, há nesses últimos anos, quase de forma paralela, uma possibilidade de se estabelecer correlações éticas desta Pós-verdade na produção da arquitetura atual, como reflexo cultural dentro de uma caracterização ou definição que possamos chamar de Pós-arquitetura. 

A Pós-arquitetura se estabelece, para o bem e para o mal, de Pós-verdades. Essas Pós-verdades arquitetônicas tem sua origem, mas não culpabilidade, nos processos e metodologias de desenho virtual computadorizado, que abriram um leque de inúmeras possibilidades do ato do projetar arquitetônico, libertando-o do processo anterior, quase que manufatureiro, de se desenhar tecnicamente as peças gráficas de arquitetura à mão sobre o papel, processo muito individual de característica autoral, para a transformação desse processo real e físico em processo virtual, através de softwares de desenho bi e tridimensionais. 

A produção de desenhos virtuais, armazenados agora em arquivos também virtuais e compartilhados do mesmo modo, além do fato da padronização técnica e estética dos desenhos induzidas pelas facilidades da otimização do tempo de produção dos desenhos pelo computador, levam ao (quase) anonimato autoral, fato esse, que nos dias atuais assumiu status de desregulamentação do ato original de criação e a regulamentação, de forma velada, da cópia indiscriminada e o plágio, já que a autoria, ou a verdade, não importa mais ou não possui mais valor real. 

(Esse texto é uma pura e simples conjectura sobre a relação do tema da Pós-verdade e o que chamo de Pós-arquitetura - algo a ser mais desenvolvido posteriormente).  

sábado, 29 de abril de 2017

A vida, o tempo e a bicicleta nova

Em 29/04/2017: "
Filosofia barata: A vida, que é regida pelo tempo, é igual a uma bicicleta nova: no começo, você evita os caminhos tortuosos para não estragar os pneus e afrouxar os parafusos, mas em certos momentos, suas escolhas é que dirão como você quer manter sua bicicleta ainda nova"

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

da Vida-lixo para o mundo-lixo

da Vida-lixo para o mundo-lixo...Montaner e Muxí (2014, p. 108-109):
"Somos dominados pelas forças de vida provocadas pela sociedade de consumo, sem imaginação nem memória, em que se é alguém na medida em que se possui carros e motos, televisores e antenas parabólicas, computadores, telefones celulares e videogames. Um mundo-lixo pensado para ser usado e jogado fora; um mundo-lixo que se alimenta da fome de camponeses asiáticos e americanos, da morte de africanos nas guerras latentes e ocasionadas pelo poder de extração de minerais imprescindíveis para a nossa modernidade tecnológica, cujo lixo altamente poluente vai parar muito longe de nossos olhos, arruinando vidas e paisagens longínquas".

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

"Gente do bem"

Em 09/02/2017:

O quanto você é "gente do bem" está inscrito no limite de sua ética. E qual seria ela?