domingo, 31 de maio de 2015

As três escalas do lugar, em arquitetura

1. A escala do objeto arquitetônico e suas relações intrínsecas formais, funcionais e estruturais e com a escala e proporções humanas;



2. A escala local ou do entorno na relação do objeto arquitetônico  e suas particularidades com os condicionantes locais e as normas edilícias urbanas;




3. A escala do urbano ou do contexto, onde a relação do objeto arquitetônico escapa de suas particularidades e se inter-relaciona com o meio que o circunda, seja ele físico (geográfico, natural, ambiental, construído, etc.) ou simbólico-significativo (a história local, sua arquitetura, suas relações sociais, econômicas e políticas, anseios e necessidades, símbolos e signos da cultura local, a paisagem, a memória, etc.). Escala da cidade.



Essas escalas são referenciais para o projeto arquitetônico. São graduações para se entender o lugar e o objeto arquitetônico a ser construído que, ao ser inserido nessas escalas graduais, deixa de ser um mero objeto e se torna parte de um todo, o qual chamaremos de cidade.

(OBS.: texto revisado em 21/01/2016)  

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Janelas d`alma

 Em 17/05/2015:

"Cada lugar traz um desenho
 Cada arquitetura descreve um desenho
 Cada arquiteto, interpreta, em desenho.

 O lugar é um desenho revelado
 Sensível e olhado
 De olhos que absorvem o mundo.

 Riscam o lugar sobre o mundo
 Criam outros mundos por mãos travessas
 Que lutam contra a passividade e a indolência.

 Toleram as diferenças que transformam em desenho.
 O desenho é ato em silêncio mas não é mudo.
 Conversa sobre o mundo, dialoga com o lugar.

 No lugar, desenha-se uma janela...
 O lugar, desenha-se por uma janela...
 Desenha-se a alma, para o lugar".


domingo, 3 de maio de 2015

Outro e outros

Em 03/05/2015:
"Nós não temos culpa de nada, dizemos.
A culpa, sempre são dos outros!
O outro é o diferente,
O estranho, o adverso,
O errado, o culpado.
Os outros não existem
Somente  como  princípio de nossos problemas.
Quero culpar o outro
Mas o outro não cria meu problema.
Assumir a culpa é difícil para alguns.
Dói na carne...
Para outros é desonra.
Mas corajoso é quem faz o mea culpa e não volta e comete o mesmo erro.
Nascemos sob o batizo da culpa que orienta nossa vida.
Culpados por algo que não entendemos em sua totalidade.
Égide dos pecados,
Mas que não nos livra de errar novamente e diferente.
Égide que me protege
Mas não protege o outro
Estranho e alheio aos pecados de outro outro...
Se o outro sou eu,
Porquê então, culpo outros por ser eu assim?
Vergonha não é assumir o erro,
Mas, desonrar-se sob o manto da mediocridade,
Da pequenez do caráter
E esconder o erro por culpar o outro.
O outro é sempre vítima?
Não e nem sempre.
Mas é mais fácil culpar o outro
Do que a si mesmo."   


sexta-feira, 1 de maio de 2015

As curvas de Oscar

Em 28/04/2015:

"Oscar tem nas curvas sua geometria.
A curva se sobrepõe à reta!
A reta é geográfica: no mundo esférico,
Nada é reto!
A reta é curva no fim do mundo...

Do mestre aprende-se que o entorno é cultural,
Escapa do olhar e está na imaginação e sensibilidade.

A imaginação não é uma linha reta, por mais que eu tema em ser...
É fluída, variável e até inconstante.
É misteriosa como um caminho tortuoso de curvas.
É uma curva!
Ou várias curvas...

É o Oscar que teve mais de 100 anos acompanhado de curvas.

Os olhos passeiam pelas linhas sinuosas,
Sensuais...
Eróticas...
Humanas...
Do homem.
De alguém que esteve aqui e deixou sua marca,
Seu símbolo conversando com a natureza..."

Detalhe das curvas da fachada do Ed. Niemeyer, em Belo Horizonte. Ano de 2012.